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Fintech Zetra é a quarta em ranking de mulheres em cargos de liderança, diz Fundação Dom Cabral

A Zetra, plataforma de gestão de crédito consignado, é a quarta organização em protagonismo feminino em cargos de liderança, de acordo com o estudo “Trajetórias Internacionais Fundação Dom Cabral de Internacionalização de Empresas Brasileiras”.

A presença de mulheres em cargos de liderança é um dos critérios do estudo da FDC e da Apex Brasil para avaliar a atuação internacional das empresas brasileiras. O levantamento de 2023 é a 16ª edição.

A fintech conquistou a quarta posição no ranking ‘Criação de Valor Internacional – Empresas Lideradas por Mulheres’, entre 28 empresas ranqueadas que se enquadram, de acordo com critérios do BNDES adotados pelo estudo, na categoria de média empresa.

“Essa conquista é reflexo do comprometimento e talento das mulheres que lideram a nossa empresa, e assim continuaremos a impulsionar o crescimento e o sucesso da Zetra no cenário internacional”, afirma a presidente executiva, Cristiana Barreto. 

Fundada em 2000 em Nova Lima, mesma cidade sede da FDC, a Zetra tem seis mulheres no organograma composto por 13 posições de liderança estratégica. A presença feminina começa na composição societária, com Rosy Araujo, sócia fundadora e integrante do Conselho de Administração, e com Cristiana. Além disso, elas estão também na Diretoria de Recursos Humanos (Aretuza Carvalho), na área Administrativa e Financeira (Ivani Munhoz), de Tecnologia e Operações (Maria Raquel Torres) e de Tecnologia Internacional (Natália Vartuli).

No Brasil, 38%

Um estudo da consultoria McKinsey mostra que a presença de mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança pode gerar um aumento de até US$ 12 trilhões no Produto Interno Bruto (PIB) global até 2025. No Brasil, o acréscimo seria de cerca de US$ 410 bilhões.

Pesquisa realizada pela Grant Thornton, empresa global de auditoria, consultoria e tributos, revela que as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no Brasil. O resultado representa um avanço significativo comparado a 2019, quando a proporção era de 25%.

No topo da lista dos cargos mais ocupados por mulheres aparece a diretoria de recursos humanos, com 43% de participação. Na diretoria executiva, as mulheres marcam posição em cargos na área financeira (34%). Elas ainda ocupam mais cargos de apoio (RH, marketing e finanças) em vez de executivos (CEOs).

Cristiana afirma que a proporção de mulheres em cargos de comando na empresa Zetra está acima da média. O levantamento, que inclui 203 empresas brasileiras de todos os portes, com cerca de 40 atividades econômicas, situadas em 14 estados do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, aponta que em apenas 15,3% delas há protagonismo feminino na liderança. “Nota-se que a participação de grupos minorizados na liderança das empresas brasileiras internacionalizadas ainda é baixo”, frisa o estudo, citando ainda a baixa presença de pessoas negras e LGBTQIAPN+.

Cristiana assumiu o posto em março deste ano – mas atua na Zetra, inclusive em funções de liderança, há 15 anos. “Ingressei em agosto de 2008, como analista de implantação. Um ano depois, em novembro de 2009, me tornei gerente de implantação. Em agosto de 2017, assumi a Diretoria de Tecnologia e Operação, cargo que exerci até este ano. Ou seja, a empresa sempre foi promotora da equidade de gênero, desde um tempo em que isso ainda não estava devidamente em pauta no mercado e na sociedade”, discorre a executiva.

Rosy, antes da condição de fundadora e sócia da Zetra duas décadas atrás, já se colocava como uma desbravadora em ambientes majoritariamente ocupados por homens. Primeiro, cursando Engenharia Elétrica na virada dos anos 1970 para os anos 1980, formou-se em 1984, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Depois, trabalhou com tecnologia da informação, ocupando inclusive a gerência desse setor na administração pública (Prefeitura de Itabira, em Minas Gerais, a partir de 1995, até assumir o comando da Zetra).

A sócia fundadora da fintech ressalta que a preocupação da Zetra com equidade de gênero se reflete em atitudes e medidas internas, como a promoção de oportunidades equânimes entre homens e mulheres, e em ações externas. Nesse sentido, Rosy cita a campanha que a plataforma lançou de combate à violência contra a mulher.

Botão de emergência

“Incluímos em nosso portal de consignações, o eConsig, um botão de emergência, para facilitar a denúncia de abusos. O espaço reúne informações como telefones, endereços e canais de atendimento especializados”, explica a executiva. “Não há como falar de equidade de gênero, de mulheres em postos de comando, se não tratarmos também de enfrentar essa que é uma das maiores e mais graves violações de direitos humanos, a violência contra a mulher”, acrescenta.

Além do ‘Criação de Valor Internacional – Empresas Lideradas por Mulheres’, o estudo ‘Trajetórias Internacionais Fundação Dom Cabral de Internacionalização de Empresas Brasileiras’ traz outros 13 rankings. A Zetra se destaca também no ‘Criação de Valor Internacional – Médias Empresas’, ficando em quarto lugar. Entre as startups, se posicionou em quinto.

No ranking ‘Criação de Valor Internacional – Geral’, a Zetra figurou na 22ª colocação, de um total de 167 empresas listadas, superando grandes corporações tradicionais. Mesma posição no ranking ‘Proposta de Valor’. A fintech ficou em 16º no ranking ‘Modelo de Negócios’, 13º em ‘Modelo Organizacional’, 34º em Gestão de Stakeholders.