PAGAMENTOS B2B

Barte recebe novo investimento e "sobe a régua"

Captação liderada pelo fundo norte-americano AlleyCorp avaliou a fintech de pagamentos B2B em R$ 400 milhões

Caetano Lacerda e Raphael Dyxklay/Barte
Caetano Lacerda e Raphael Dyxklay/Barte | Imagem: Divulgação

A Barte, fintech de soluções de pagamento para empresas, acaba de receber um novo investimento. O aporte, de valor não divulgado, avalia o negócio em R$ 400 milhões, de acordo com a própria fintech. A captação teve a liderança do fundo norte-americano AlleyCorp, de Kevin Ryan, o fundador da Business Insider e da MongoDB. Participaram, ainda, investidores de rodadas anteriores, como NXTP, Venture Friends e Force Over Mass.

O cheque, o terceiro anunciado pela Barte em dois anos, vem num momento em que a fintech “subiu a régua” do seu público-alvo. Antes focada em pequenas e médias empresas (PMEs), agora a fintech passa a mirar companhias de médio e grande porte. Atualmente, a Barte soma mais de 2 mil clientes na base, incluindo nomes como Housi, Mash, EBAC, Metalife, entre outras.

“Já éramos lucrativos e entendemos que essa é uma excelente oportunidade para acelerar investimentos em produtos que atendam clientes maiores e mais exigentes, além de trazer um investidor com expertise complementar”, afirmou em nota o empreendedor português Caetano Lacerda (ex-Deutsche Bank e Tractable), que fundou a Barte em novembro de 2021 ao lado do brasileiro Raphael Dyxklay (ex-Creditas, Loft e Olist).

O negócio

Hoje, a Barte oferece dois grupos de soluções: uma plataforma de pagamentos multicanal, que permite que as empresas façam suas vendas utilizando diversos métodos de pagamento, seja online ou em lojas físicas, consolidando todas as transações num só lugar. Com a frente de infraestrutura white-label, a fintech também possibilita que as companhias criem suas próprias soluções de pagamento, diversificando as fontes de receita.

Por meio de sua plataforma, a Barte movimenta bilhões. A receita anualizada, diz a empresa, deve cruzar os R$ 100 milhões até novembro deste ano. Para 2025, a expectativa é atingir uma receita entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões.

Os empreendedores afirmam que o crescimento vem ocorrendo com sustentabilidade. “Mais importante do que a meta para o próximo ano, é a entrega do melhor produto e serviço para os nossos clientes. Estamos construindo para o longo prazo”, disse Raphael, também em nota.

Do arquivo Finsiders Brasil:

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