O Bexs, banco digital de câmbio comprado pela fintech britânica Ebury (do Santander), está anunciando uma parceria com a fintech norte-americana Jeeves para oferecer uma plataforma de pagamentos cross-border B2B no Brasil. Para permitir transações internacionais totalmente digitais, a plataforma é integrada via API no modelo ‘as a service’. A solução deve ser implementada no ecossistema da Jeeves.
As companhias que contratarem o serviço estarão aptas a fazer pagamentos com operações de câmbio em no máximo 24 horas — um prazo muito menor do que o oferecido pelos concorrentes, de acordo com as empresas.
A iniciativa mira uma gama de transações cada vez mais comum entre negócios que precisam de serviços. Entre elas, tecnologia (armazenamento em nuvem, software, etc.), consultoria jurídica, marketing, mídia internacional, investimentos, bem como importações de bens para atividades principais e de suporte. O objetivo é facilitar o acesso das empresas brasileiras a bens e serviços globais.
“A Jeeves é uma fintech global e um importante parceiro para este novo momento no mundo dos pagamentos. Estamos utilizando a tecnologia para oferecer o que há de melhor às empresas brasileiras, com soluções digitais que garantem transações fluidas e otimizam processos, ao mesmo tempo em que mitigam os gargalos que podem impactar o andamento de suas atividades”, afirma Luiz Henrique Didier Jr., CEO do Bexs, em nota.
Potencial do B2B
Ao Finsiders, Vinícius Vieira, head de desenvolvimento de negócios do Bexs, diz que o mundo de pagamentos globais alcançou um novo patamar de maturidade no B2C. Mas ele entende que ainda há uma longa jornada para chegar nesse patamar entre as transações B2B.
“As empresas ainda sofrem bastante para fazer o pagamento de ‘invoices’ de serviço, que elas contratam junto a empresas estrangeiras. Elas passam por processos bastante manuais, tendo que se submeter a uma série de documentos e fechar operação a operação nas mesas de operação de cada banco de câmbio que as atende”, diz Vinícius.
Dileep Thazhmon, CEO e fundador da Jeeves, vê o Brasil como “um mercado enorme e promissor”. “É importante para nós termos um parceiro com profundo conhecimento de suas características únicas”, afirma o executivo.
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