Duas fintechs incubadas no inovabra habitat, o ecossitema de inovação de startups do Brasdesco, receberam investimentos em outubro: a a55 e a Asaas. “Continuamos fazendo negócios, crescendo e ajudando empresas a superar os desafios da pandemia, mesmo de forma remota”, revela Renata Petrovic, head do espaço. “Algumas empresas como essas duas inclusive cresceram nesse período”.
A Asaas é especializada em gestão de pagamentos para PMEs e passou a atrair cinco clientes por mês, 2,5 vezes mais que antes da pandemia, e, com isso, chamou a atenção de investidores. Já a a55 oferece empréstimos com base no faturamento futuro e previsível das empresas com receita recorrente, como as de tecnologia que trabalham com modelos como assinaturas e software como serviço, e e-commerce. Em setembro outra fintech do ecossistema, a Quanto – especialista em Open Banking – havia recebido o equivalente a US$ 15 milhões.
Conexões remotas: saldo da pandemia
Segundo Renata, a pandemia também serviu para o inovabra habitat se reinventar. O projeto nasceu em 2016 como um espaço fisico para reunir startups e empresas clientes do Bradesco em busca de soluções inovadoras, mas no mês passado decidiu manter o modelo de negócios remoto que foi instaurado por força da pandemia – e acabou funcionando muito bem. O objetivo é atrair mais participantes de fora de São Paulo.
Assim, ao lado do modelo convencional, ou “residente”, agora o inovabra também terá o modelo alternativo e remoto, batizado como “conectado”.
Renata explica que o prédio, que fica no bairro de Higienópolis em São Paulo, continuará existindo – inclusive, já reabriu. Mas ela acredita que o movimento diário, que girava em torno de duas mil pessoas, vai diminuir.
“Percebemos que as reuniões e eventos funcionam muito bem remotamente; assim conseguimos atrair mais startups e empresas do Brasil para o ecossistema”. Segundo Renata, desde o mês passado, quando abriu o cadastramento para o modelo Conectado, oito grandes grupos e quatro startups de fora de São Paulo já se juntaram ao inovabra.
“O propósito do inovabra sempre foi criar um ecossistema de inovação para servir tanto às demandas do Bradesco quanto às dos seus clientes. E o ambiente contribui muito para a transformação cultural das organizações”, acredita Renata.
No início da pandemia, o inovabra ajudou muitas delas com a troca de ideias sobre trabalho remoto, monitoramento da saúde dos funcionários e soluções de logística. “Fizemos uma seleção das mais relevantes, e criamos um e-book que foi compartilhado com as empresas”, diz. O e-book está disponível na internet.
Saiba mais
No modelo residente, a atuação acontece em todos os ambientes do inovabra habitat, inclui posições designadas no espaço físico e também acesso à plataforma digital. A equipe contribui de forma proativa e personalizada para a geração de novos negócios com o ecossistema.
- Quem faz parte: corporações, startups, tech partners e fundos de investimento
- No modelo conectado, a operação principal se dá no ambiente digital com apoio da equipe do inovabra habitat. Este modelo dá direito a um hotdesk e permite realizar reuniões e visitas ao espaço, sendo ideal para empresas que estão localizadas fora de São Paulo.
- Quem faz parte: corporações e startups
O Inovabra tem hoje cerca de 175 startups, entre elas 14 fintechs:
a55: plataforma que conecta contas bancárias, soluções de custódia, faturamento, meios de pagamento e inteligência de crédito.
Adimplere: serviço de cobrança de inadimplentes através de canais digitais, suportado por um Portal de Autonegociação.
Asaas: plataforma para gestão e automatização dos processos de recebimento e cobranças, além de utilização do saldo da conta para recarregar cartão pré-pago, emissão de notas fiscais e antecipação de recebíveis.
BDS: plataforma cloud para gestão e governança de dados críticos quantitativos e qualitativos temporais.
digicob: CRM de cobrança para recuperação de crédito através de negociações em canais digitais de autoatendimento.
Direct One: orquestração de canais de comunicação e entrega de jornadas omnichannel para milhões de consumidores.
Ewally: plataforma de acesso a serviços financeiros para não-bancarizados.
ExpenseOn: plataforma integrada para automatizar todo o processo de gerenciamento de reembolso de despesas, trazendo redução do tempo gasto, aumento de produtividade das equipes e redução das despesas corporativas.
Bemol: instituição de pagamentos que oferece conta digital de pagamentos com rendimento em pontos de Bônus Bemol (Programa de fidelidade com cashback para varejo). Linhas de crédito e ecossistema regional de serviços financeiros, credenciando estabelecimentos comerciais para aceitar a Conta Bemol como meio de pagamento e premiando os clientes com pontos de bônus.
Mais Retorno: plataforma digital de fundos de investimentos e ferramentas para estudos e comparação de ativos.
pgmais: plataforma modular de negociação que permite às empresas definirem e executarem, de forma integrada, estratégias de relacionamento digital de cobrança.
Quanto: plataforma que conecta bancos, fintechs e clientes para construção de produtos e serviços.
Saffe: aplicativo de pagamento digital via reconhecimento facial.
Vérios: gestora de investimentos que automatiza toda a parte operacional da gestão das carteiras individuais, aumentando o alcance de investimentos.