A Dimensa, companhia especializada em tecnologia e infraestrutura para operações financeiras, acaba de anunciar a aquisição da RBM WEB, que desenvolve soluções para core bancário nos mercados de fintechs, instituições financeiras (incluindo SCDs), FIDCs, securitizadoras e fomento.
A companhia — controlada pela Totvs e que tem a B3 como sócia — está pagando R$ 30 milhões por 100% da RBM. O acordo prevê o pagamento de preço de compra complementar sujeito ao atingimento de metas estabelecidas para a RBM e ao cumprimento de determinadas condições, diz o comunicado ao mercado, divulgado na noite desta quarta-feira (17).
Fundada em 2006 em Minas Gerais, a RBM oferece soluções como sistemas de gestão, conta digital, integração de correspondentes bancários, análise de dados, entre outras, por meio do que chama de “nuvem de soluções”.
Com capilaridade nacional, a RBM tem mais de 150 clientes e registrou receita bruta anualizada de aproximadamente R$ 13 milhões, com base no resultado de julho, informa o comunicado divulgado pela Dimensa.
“As soluções da RBM têm muita sinergia com nossos produtos para gestão de crédito e já integram com nossas soluções de antifraude, onboarding digital e background check”, afirma Denis Piovezan, CEO da Dimensa, no texto.
Contexto
A RBM é a quarta aquisição da Dimensa neste ano. Em janeiro, comprou a InovaMind Tech, de inteligência artificial e big data. No mês seguinte, adquiriu a Mobile2you, mobile house que desenvolve apps financeiros para empresas que buscam entrar no mercado de fintechs. E em março, fechou a aquisição da Vadu, plataforma de soluções de análise, automação e monitoramento para o mercado de crédito.
A Dimensa é fruto de uma joint-venture (JV) entre Totvs e B3, anunciada em julho do ano passado e aprovada em outubro daquele ano pelo Cade e pela CVM. Controlada pela Totvs, a companhia recebeu um aporte primário de R$ 600 milhões da B3, que detém 37,5% do negócio.
A Dimensa tem um portfólio que inclui uma plataforma para processamento e controle de middle e back offices de fundos de investimentos, além de soluções especializadas para gestão de bancos, fintechs, cooperativas de crédito, corretoras, seguradoras, entre outros produtos.
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Entre os clientes da companhia, estão mais de 140 instituições financeiras, incluindo 9 dos 10 maiores bancos. A Dimensa realiza mais de 5 milhões de operações de crédito e processa mais de R$ 12 trilhões em ativos diariamente por meio de suas plataformas.
“Queremos nos posicionar com oferta de ponta a ponta para instituições financeiras”, disse o CEO, Denis Piovezan, em conversa com o Finsiders, em maio deste ano. “A ideia é criar uma oferta muito ampla de produtos e serviços para atender toda a indústria.”
Um de seus lançamentos recentes foi o workflow para crédito, uma ferramenta desenvolvida após a aquisição da Vadu. O produto, segundo a companhia, otimiza os processos de concessão de crédito, integrando automação, inteligência artificial (IA) e big data em uma única plataforma.
Em tecnologias B2B para o setor financeiro, a Dimensa não está sozinha. A Sinqia, por exemplo, já realizou 23 aquisições, além de mais de 90 investimentos — entre aportes diretos e indiretos, por meio de fundos de Venture Capital como Astella, Canary e Parallax –, conforme matéria recente da Exame.
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