RECEBÍVEIS

Opea e Trademaster captam R$ 150 milhões em novo FIDC

O produto visa ampliar a oferta de crédito B2B da Trademaster, que já transacionou mais de R$ 35 bilhões

Francisco Pereira/Trademaster
Francisco Pereira/Trademaster | Imagem: divulgação

A Opea e a Trademaster anunciaram o encerramento da oferta de um novo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de R$ 150 milhões. A Opea é especializada na emissão de créditos em recebíveis, e a Trademaster ajuda grandes indústrias e distribuidores ao varejo a potencializarem suas vendas com a oferta de crédito.

Em nota, a Trademaster informou que os recursos vão ampliar a oferta de crédito a prazos alongados às pequenas, médias e grandes empresas varejistas do Brasil para adquirirem produtos da indústria. A previsão é que antecipar até o fim do ano mais de 500 mil créditos pelo FIDC. O processamento será através de uma plataforma que a Opea desenvolve, integrada à Trademaster. A fintech já transacionou mais de R$ 35 bilhões e mais de 270 mil operações mensais.

Da aquisição ao pagamento

“A plataforma processa a esteira completa, desde a aquisição até o pagamento da cessão de maneira integrada à Trademaster, em questões de segundos”, disse na nota Helder Antoniazzi, responsável pela área comercial de crédito estruturado na Opea.

“Nosso foco é ser um parceiro estratégico de negócio para as indústrias e distribuidores. Potencializar todo esse ecossistema de uma forma eficaz e ampliando a oferta de crédito”, disse Francisco Pereira, cofundador e CEO da Trademaster.

Essa é a primeira operação estruturada com a Opea para a Trademaster, que tem os bancos Sofisa e BV como sócios. Francisco diz que a fintech tem mais de 200 indústrias e distribuidores conveniados e mais de 1 milhão de varejistas cadastrados na plataforma. A Trademaster utiliza IA e machine learning para fornecer inteligência comercial e desenvolver modelos proprietários de crédito.

Crédito estruturado

Já a Opea tem ampliado a sua atuação no mercado de capitais para empresas que oferecem crédito mercantil. Hoje, tem aproximadamente R$ 8 bilhões emitidos em ativos com este lastro como FIDC, certificado de recebíveis (CR) e debêntures de securitização.

Segundo Helder, o crédito estruturado vem se tornando uma alternativa cada vez mais procurada para companhias em busca de funding.  Desde a crise das Americanas, os bancos reduziram suas linhas de financiamento com lastro em recebíveis comerciais e a Opea ampliou fortemente sua atuação por meio dos FIDCs. Segundo dados da Anbima, os instrumentos de securitização — FIDCs, CRIs, CRAs — somados, já respondem por 56% do total deste ano.