A Solis Investimentos, gestora especializada em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), e a CDP Capital, estruturadora e originadora de FIDCs, decidiram oficializar o casamento que vem desde 2016. O objetivo é aproveitar o novo momento do mercado desses fundos, que a partir de outubro passam a ser acessíveis a todos os investidores – e não apenas aos qualificados.
Com a fusão, a Solis passa a atuar desde o entendimento das oportunidades de negócio, estruturação, análise de crédito, gestão de risco e implementação de FIDCs, até a entrega de retornos consistentes aos investidores por meio de uma gestão ativa, utilizando tecnologia desenvolvida ao longo dos anos pelas duas empresas.
A “nova” Solis nasce com R$ 14 bilhões de recursos sob gestão e mais de 16 mil cotistas em mais de 80 fundos ativos, e originação de operações que viabilizam a concessão de mais de R$ 500 milhões em créditos mensais, para mais de 450 mil CNPJs e CPFs. As empresas, agora combinadas, apresentaram crescimento acima de 100% em 2022, e devem manter uma expansão importante neste ano, atingindo uma receita esperada de mais de R$ 60 milhões em 2023.
Com a união das empresas, a Solis agora conta com 64 colaboradores, entre sócios e funcionários, nos seus escritórios de São Paulo (SP), onde o foco está na gestão de FIDCs, e de Fortaleza (CE), onde o foco está na estruturação e gestão de crédito e risco dos FIDCs investidos.
Mudança normativa
A partir de outubro, com a entrada em vigor da nova regulação para a indústria de fundos, o acesso aos FIDCs não será mais exclusivo para investidores qualificados e o público em geral também poderá investir nesse produto. “A nova Solis se torna mais completa e com toda a estrutura necessária para cumprir da melhor forma as novas exigências do regulador e, principalmente, as novas oportunidades que surgirão no mercado”, afirma Macêdo.
Com a fusão das duas empresas, a Solis fortalecerá sua atuação também na estruturação de FIDCs, apoiando a captação de recursos para negócios de todos os tipos e tamanhos em todo o Brasil, e oferecendo oportunidades para investidores institucionais e individuais através de fundos disponibilizados nas principais plataformas de investimento.
“Os FIDCs permitem uma diversificação eficaz dos investimentos, considerando a sua rentabilidade constantemente acima da média da renda fixa, com baixa volatilidade e alto nível de proteção pela natureza da estruturação, que minimiza o efeito de oscilações na inadimplência”, explica Binelli.
O FIDC também tem a característica de facilitar o acesso ao crédito de forma consistente e com custo adequado para empresas de todos os portes e setores. É uma modalidade de captação de recursos que está ganhando cada vez mais representatividade no mercado, especialmente em momentos de crédito bancário mais restrito e menor disponibilidade de recursos via mercado de capitais, o que beneficia tanto o tomador de recursos quanto o investidor, além de apoiar o desenvolvimento econômico e financeiro do país.