NEGÓCIOS

SRM Ventures investe R$ 30 milhões na Gibb, fintech de salário sob demanda

A previsão da Gibb é encerrar 2024 com 30 empresas cadastradas e 100 mil funcionários. Atualmente, a fintech atende 32 mil colaboradores

Rodrigo (à esquerda) e Pedro Wanderley/Gibb
Rodrigo (à esquerda) e Pedro Wanderley/Gibb | Imagem: divulgação.

A SRM Ventures anunciou um aporte de R$ 30 milhões na fintech Gibb, focada em soluções de salário sob demanda. A notícia foi antecipada ao Finsiders Brasil. Com os recursos, a fintech quer ampliar sua atuação e atingir um milhão de colaboradores em mil empresas até o fim de 2025. Para isso, planeja realizar novas contratações, assim como buscar outros fundos de investimento para apoiar o crescimento.

A previsão da Gibb é encerrar 2024 com 30 empresas cadastradas e 100 mil funcionários utilizando sua plataforma. Atualmente, a fintech atende 32 mil colaboradores ativos em dez empresas. A solução permite que os trabalhadores acessem até 40% do salário já trabalhado após cada turno, com uma taxa de R$ 4,90 por transação. E não tem custos para as empresas.

Rodrigo Wanderley, sócio-fundador da Gibb, disse em nota que a fintech muda a dinâmica de pagamento de salários no Brasil. Afinal, permite que os trabalhadores tenham acesso ao seu salário de forma mais rápida, sem a necessidade de recorrer a cheque especial e crédito rotativo. Essas são soluções caras comumente utilizados em situações de emergência financeira.

Saúde financeira

A plataforma da Gibb se integra aos principais sistemas de folha de pagamento, permitindo que as empresas acompanhem a saúde financeira dos colaboradores. Esse acompanhamento facilita o trabalho das áreas de recursos humanos, que podem utilizar as informações para otimizar a retenção de funcionários. A adesão ao app varia de 28% a 32%, segundo informou. E 80% dos usuários relataram ter deixado de utilizar crédito rotativo ou cheque especial após a adoção da plataforma.

Segundo André Szapiro, chefe da SRM Ventures,”a Gibb resolve uma demanda latente de quase 80% dos colaboradores brasileiros: a falta de dinheiro entre os pagamentos de salários”. Além disso, o modelo de negócio é diferente, positivo para a área de RH, evitando que os funcionários fiquem endividados. A Gibb só disponibiliza o que eles já trabalharam”, explica. 

Fundada em 2023, a Gibb está em processo de expansão e pretende continuar atraindo investidores para sustentar seu crescimento. De acordo com o co-fundador Pedro Wanderley, a fintech busca se consolidar como uma solução eficiente para os desafios relacionados aos ciclos de pagamento de salários no Brasil.