TECNOLOGIA

Stefanini dobra investimentos em IA até 2027; bancos são os maiores clientes

O grupo vai investir R$ 2 bilhões em IA até 2027. O foco será comprar novas empresas que, em seguida, serão turbinadas com inteligência artificial do grupo

Marco Stefanini
Marco Stefanini | Imagem: divulgação

Com o uso da inteligência artificial (IA), um dos maiores bancos privados do Brasil conseguiu dobrar, em um ano, a meta inicial de receita com a comercialização de um produto, posicionando-se como o principal canal de vendas de uma grande marca de tecnologia.

Em uma outra instituição financeira, a IA generativa reduziu em cerca de 76% o tempo para realizar as demandas jurídicas. As tarefas automatizadas possibilitaram uma redução de 45% na quantidade de repetições nas comunicações relacionadas ao atendimento dos ofícios, elevando o NPS (net promote score, ou satisfação dos clientes) do banco digital.

Esses são dois dos 250 exemplos de aplicação da IA por clientes do Grupo Stefanini, multinacional brasileira focada em ajudar clientes na transformação digital. Embora o grupo tenha clientes de diversos setores, os bancos – principalmente os brasileiros – são entre os que mais usam. A revelação foi feita por Marco Stefanini, fundador e CEO Global da empresa, em um almoço com jornalistas realizado nesta quinta-feira, 28/11. Marcelo Ciasca, CEO da Stefanini Brasil, e Fabio Caversan, vice-presidente de inovação de negócios digitais, também estiveram no encontro.

R$ 2 bi até 2027

O grupo aposta tanto na tecnologia que acaba de dobrar sua meta de investimentos. Agora, anunciou que pretende investir R$ 2 bilhões em IA até 2027. O foco será comprar novas empresas que, em seguida, serão turbinadas com inteligência artificial do grupo. Quanto ao faturamento global em 2024, a expectativa é de um crescimento de 14%, para R$ 8 bilhões.

Os executivos disseram, no entanto, que embora ainda existam pessoas surfando o “hype” da IA generativa e empolgadas demais – o que pode levar a desilusões – essa era da experimentação pura e simples já passou. Agora, as empresas precisam perseguir resultados. “Qualquer tecnologia deve ser utilizada somente se resolver um problema real das pessoas. É por isso que os executivos devem procurar parceiros que possam auxiliar em todo o processo”, afirma. Para ele, a inteligência artificial vai muito além de simplesmente usar prompts; trata-se de gerar agilidade e eficiência para viabilizar estratégias de negócios.