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"A tecnologia democratiza porque faz com que todos tenham voz", diz presidente do BC no encerramento do Ciab Febraban 2021

Roberto Campos Neto, presidente do BC
Roberto Campos Neto, presidente do BC

Denise Ramiro

O Banco Central acredita que a tecnologia virou o grande veículo para empoderar pessoas, ao gerar trabalho remoto, dar voz a quem não tinha e acesso a consumo a quem estava fora do mercado. “A tecnologia democratiza porque faz com que todos tenham uma voz”, disse há pouco o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no encerramento da 31º edição do Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (CIAB), organizado pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). Entre os temas abordados na palestra de Campos Neto, os mais relevantes foram o Open Banking, o blockchain, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o 5G.

Campos Neto também falou sobre o sucesso do PIX, hoje usado pela maioria dos brasileiros e que teve grande apoio de bancos e players financeiros. Chamou a atenção para alguns desafios relacionados ao lançamento das moedas digitais. “Hoje temos mais perguntas do que respostas: a moeda digital será a evolução da moeda física, qual o percentual de troca que será viável, será mais segura, a demanda vai aumentar, como fazer se todo mundo trocar sua moeda física, como ficam os bancos”, questiona Campos Neto. 

Diante disso, ele não arrisca prever a entrada da moeda digital no Brasil. Segundo ele, depende de se aprofundar a tecnologia. Mas garante que ela já está mudando de forma exponencial o sistema financeiro. “O mercado está se descentralizando, mas o desafio é constante. Tenho que pensar como regulador, o que significa pensar no futuro. As grandes rupturas acontecem de forma acelerada.” Sobre o Open Banking, o presidente do BC está animado com as possibilidades que traz. “O Open Banking ajuda a diminuir a barreira de entrada do consumidor ao crédito”, finaliza.

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