Responsável por processar as transações diariamente e atualizar as contas e outros registros financeiros, o core banking é um sistema vital para o funcionamento de toda e qualquer instituição no setor financeiro — de grandes bancos a fintechs. É por meio dele que as diversas operações dos clientes, incluindo depósitos em conta, empréstimos e investimentos, são gerenciadas em aplicações “back-end”, ou de forma “invisível”.
Com o avanço dos canais digitais para a realização de transações bancárias — sete em cada dez operações do tipo no Brasil são feitas por mobile e internet banking, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) —, é essencial ter um sistema de core banking rápido, flexível, com processamento 24×7 e operado via APIs (sigla em inglês para interface de programação de aplicação).
Soma-se a esse contexto de digitalização a evolução célere das fintechs, empresas que já nascem no ambiente digital, e precisam de velocidade, flexibilidade e eficiência nas soluções que rodam “nos bastidores” para poder, assim, levar os melhores produtos e serviços para o cliente final, sem interrupção nas atividades ou problemas no processamento das transações.
Daí a importância de se preocupar desde cedo com a implantação do core banking, para evitar dores de cabeça no futuro. Até porque, na última década, apenas cerca de 30% das transformações de core banking conseguiram realizar uma migração completa de ‘ledgers’ e produtos para um novo sistema, conforme estudo da McKinsey.
Core banking nativo digital
“O core banking é o cerne do sistema financeiro global”, define Ticiana Amorim, fundadora e CEO da Aarin, techfin que desenvolve soluções para instituições do setor financeiro, já adaptadas ao Pix e ao Open Finance. “Hoje em dia não é somente sobre construir core bancário, mas que o sistema seja interoperável e tenha um ‘ledger’ que suporte a escala e a velocidade das transações.”
Há cerca de três anos no mercado, a Aarin desenvolveu o “Smart Core”, um core banking nativo para empresas digitais, inclusive fintechs. Com arquitetura construída em microsserviços, a solução da techfin é agnóstica a instituições financeiras, birôs de crédito e sistemas em nuvem. Além disso, o core banking é adequado ao contexto do Open Finance e já tem integração nativa com os principais meios de pagamento do mercado, como Pix, boleto, cartões, entre outros.
“Nossas APIs foram feitas com a premissa de comunicação entre instituições diferentes. Oferecemos velocidade para implementar, flexibilidade para configurar e liberdade para operar. Com nosso core, a fintech pode plugar os parceiros que quiser”, explica Ticiana. “Outro diferencial é que as transações são apartadas do ‘ledger’ e isso garante que ele consiga consultar o gestor do limite, o antifraude e outros microsserviços, retornando para o hub de transações.”
Solidez e reconhecimentos
Em outras palavras, a Aarin construiu um core banking que fala a “língua” das equipes de desenvolvimento das fintechs. “Nascer em 2020 é um dos nossos diferenciais competitivos”, diz a empreendedora. Ao mesmo tempo, o fato de estar debaixo da estrutura de um grande banco — a Aarin foi comprada em 2022 pelo Grupo Bradesco — traz a solidez e segurança cruciais para as operações. “O fato de fazer parte do grupo Bradesco nos trouxe a responsabilidade de auditoria, testes de escala e performance muito elevados.”
Com mais de 300 clientes em carteira, a Aarin desenvolveu soluções para o marketplace do banco digital do Bradesco. O case de parceria entre a techfin e a instituição rendeu, inclusive, um reconhecimento no IBSi Global FinTech Innovation Awards 2022, promovido pela ISB Intelligence.
Outro caso bem-sucedido da techfin foi o gateway de pagamento próprio construído para a plataforma de e-commerce Irroba, o 2RPay, que levou a Aarin a ser uma das finalistas na primeira edição do Prêmio FIDInsiders, no ano passado.
Conheça a solução da Aarin