BLOCKCHAIN

AmFi e Mercado de Recebíveis anunciam parceria para tokenizar ativos

A expectativa é produzir pelo menos R$ 100 milhões em recebíveis de cartão de crédito e duplicatas tokenizadas até o final do ano.

Tokenização, blockchain. Foto: Fabio/Unsplash
Imagem: Fabio/Unsplash

A AmFi, fintech de infraestrutura de crédito em blockchain, e a plataforma Mercado de Recebíveis (MDR) acabam de anunciar uma parceria. A meta é tokenizar R$ 100 milhões em recebíveis.

“Estamos muito animados com a parceria com o MDR. A expectativa é produzir pelo menos R$ 100 milhões em recebíveis de cartão de crédito e duplicatas tokenizadas até o final do ano”, diz Paulo David, CEO da AmFi. Todos os ativos são originados pelo MDR, validados e verificados em entidades registradoras. “Depois, são tokenizados e distribuídos para os nossos mais de 1.500 investidores ou parceiros institucionais”.

“A parceria com a AmFi abre um leque de oportunidades para nossos clientes. Com ela, temos uma perspectiva positiva de gerar funding a um custo mais adequado. E, ao mesmo tempo, oferecer uma taxa apropriada de retorno aos investidores”, diz Henrique Echenique. 

Segundo Henrique, a MDR, que está em operação desde o último trimestre de 2023, estruturou o time, lançou o aplicativo no início do ano e vem crescendo acima de três dígitos por trimestre. O core da empresa são operações de antecipação de recebíveis. “O time participou das discussões das regras e da construção do chassi operacional e conceitual do registro de recebíveis junto ao Banco Central”, diz.

Já a AmFi se especializou na tokenização e distribuição de ativos de renda fixa digital. A fintech tem mais de 45 parceiros originadores e R$ 220 milhões de reais em operação apenas em 2024.

Tokenização da economia

A tokenização da economia vem sendo debatida no âmbito da agenda de inovação do Banco Central, que inclui Pix, Open Finance, registro de ativos financeiros e maior abertura do câmbio. O objetivo é promover um maior acesso ao mercado de capitais brasileiro.

Os empreendedores acreditam que parcerias como essas devem prevalecer no mercado financeiro nos próximos anos, “com a união de fintech e blockchain para levar novos produtos aos investidores”.