A Belvo, fintech latinoamericana de soluções de Open Finance, acaba de realizar uma demissão em massa. Os cortes atingiram 27 pessoas, o equivalente a 17% do quadro total de funcionários. O anúncio foi feito no início da tarde desta quarta-feira (7), conforme apurou o Finsiders.
Em resposta ao Finsiders, a fintech confirmou os desligamentos e disse que o movimento busca assegurar a sustentabilidade do crescimento do negócio. “Foi uma decisão da empresa visando tornar a operação mais eficiente, reduzir custos e adaptar-se às condições atuais do mercado”, informou a companhia.
Segundo fontes, os cortes já vinham ocorrendo nos últimos meses por meio de uma espécie de “layoff silencioso” com o desligamento de alguns profissionais. A empresa nega e afirma que “houve saídas voluntárias e outras relacionadas à performance dos colaboradores”.
A Belvo reitera, ainda, ter vagas estratégicas abertas. Atualmente, há 7 oportunidades para áreas como engenharia, ‘customer sucess’ e vendas. Informações sobre algumas dessas posições, inclusive, foram publicadas em um post na semana passada na página da empresa no LinkedIn.
Segundo a companhia, além de indenização, todos os colaboradores demitidos estão recebendo, por exemplo, suas ‘stock options’, extensão do plano de saúde, suporte com a transição de carreira, entre outros benefícios.
Fundada em 2019 pelos espanhóis Pablo Viguera e Uri Tintore, a Belvo chegou ao Brasil em 2020. Atualmente, tem mais de 200 clientes nos três países (Brasil, México e Colômbia) onde opera. Desde o início do negócio, a companhia já levantou US$ 56 milhões em rodadas de investimento.
Recentemente, a fintech anunciou seu primeiro M&A, ao adquirir por valor não revelado a Skilopay — uma pequena fintech fundada em 2019 em Feira de Santana, no interior da Bahia. Com o negócio, a Belvo busca ampliar o portfólio de produtos de pagamentos.
Não está fácil…
Há menos de um mês, a Quanto, uma das concorrentes da Belvo, também anunciou o desligamento de 85% do quadro de funcionários, no segundo corte em menos de um ano. Assim, com o enxugamento, a empresa investida de Itaú e Bradesco passou a ter pouco mais de 10 pessoas.
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