Os consumidores no Brasil estão no topo do ranking global de sentimento amplo sobre o open banking, principalmente pelo conforto que demonstram em relação a provedores bancários exclusivamente online, às fintechs e também ao compartilhamento de dados financeiros com terceiros (desde que tenham garantias de segurança). O segundo lugar é da China.
A conclusão é de um estudo da consultoria EY divulgado neste mês.
“O Open Banking Opportunity Index revela os gargalos a serem superados para que o país possa aproveitar as oportunidades dessa nova dinâmica de prestar serviços bancários”, diz Rafael Dan Schur, sócio de consultoria para o mercado financeiro da EY.
Schur informa que o Brasil é a segunda nação em adoção de fintechs (perdendo apenas para a China), por exemplo.
Lançado inicialmente com o retrato de 10 países (para acesso a todos os estudos da série em 2019, o levantamento traz agora informações exclusivas também de Brasil, onde foram ouvidas 1.024 pessoas. O resultado é um retrato de como está o país em relação aos quatro pilares e o que é preciso endereçar para melhorar resultados.
O Brasil se destaca em alguns indicadores – como o de sentimento do consumidor (ao considerar a disposição para uso de serviços bancários online e a adoção de fintechs). Temos também um ambiente de inovação próximo à média dos países pesquisados – embora o financiamento possa ser um desafio maior aqui. Mas estamos ainda bastante atrasados em potencial de adoção: ficamos na sétima posição do ranking geral medido pelo estudo.
“Para melhorarmos essa posição, o avanço da regulamentação precisa ser acompanhado por melhorias de infraestrutura e também por ações que aumentem a confiança do consumidor”, diz Schur.
O que empurra o Brasil para baixo em potencial de adoção é, sobretudo, a falta de acesso à infraestrutura necessária para o uso de open banking por uma grande parcela da população.
O estudo mostrou que há deficiência em relação ao acesso à internet e a smartphones, principalmente. No Brasil, 13% da população tem assinatura de internet de banda larga (alta velocidade) ante 39% da média dos países pesquisados. O acesso a smartphones chega a 43% ante 69% da média dos demais países da pesquisa.
Leia o estudo completo aqui