Engenharia social, deepfakes e contas laranjas são alguns dos exemplos que atestam a sofisticação das fraudes financeiras no Brasil. A popularização do Pix também abriu uma nova porta para os golpistas. Em meio a esses desafios, as empresas do setor financeiro vêm reforçando o investimento em tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Machine Learning (ML) e análise preditiva. São recursos capazes de identificar e bloquear instantaneamente as tentativas de golpes.
A ameaça é real e os prejuízos são bilionários. Pesquisa realizada pelo Datafolha indica que mais de 4,5 mil pessoas são alvo de tentativas de golpes financeiros a cada hora no Brasil, resultando em um prejuízo estimado de R$ 25,5 bilhões em 2024. Além disso, de acordo com o Relatório de Identidade Digital e Fraude 2024 da Serasa Experian, 42% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes financeiras, com uma perda financeira média de R$ 2.288 por pessoa.
A maioria dos golpes está relacionada à engenharia social, explorando a confiança dos usuários para obter acesso indevido às contas. Além disso, novas formas de fraudes utilizam IA para imitar a voz ou o rosto da pessoa e, assim, enganar a vítima. O uso de contas laranjas é outro problema comum, como cita Gabriel Scherer, sócio da QI Tech.
“O fraudador é muito criativo, especialmente no Brasil. Antigamente, um golpista precisava alugar um imóvel ao lado de um banco e cavar um túnel para cometer um crime. Hoje, de qualquer lugar, ele consegue invadir diversas agências e contas através da internet”, diz o executivo. “Diante das milhares de transações por minuto, temos que ter inteligência para identificar aquelas que são fraudes e, com isso, fazer uma validação diferente.”
Ferramentas estratégicas
Nesse sentido, a QI Tech investe em um conjunto de soluções e ferramentas estratégicas que reforçam a segurança e a confiabilidade das transações financeiras. Gabriel explica que as camadas de proteção são implementadas ao longo da jornada do usuário. “Não existe uma ‘bala de prata’ para prevenir e combater fraudes. É importante ter um kit completo antifraude, com várias soluções, para estar sempre à frente do fraudador”, aponta.
Desde a abertura de conta, há a validação de documentos e a análise do dispositivo utilizado pelo cliente. Já no momento da transação, tecnologias de monitoramento analisam o comportamento do usuário, geolocalização e padrões de uso. Em casos suspeitos, são acionados mecanismos adicionais, como o reconhecimento facial com prova de vida. “Nossa tecnologia detecta quando se trata de uma ‘foto da foto’ ou um deepfake, verificando se os traços são condizentes com a pessoa real”, ressalta.
O executivo reforça que as soluções garantem o equilíbrio entre segurança e experiência do usuário. “Milhares de transações por segundo são analisadas com uso de Machine Learning, sem impacto para o usuário”, diz. Na prática, com o monitoramento transacional e a verificação dos dispositivos (device scan), é possível identificar padrões suspeitos de maneira invisível e eficiente. “Quando alguém faz um Pix, paga um boleto ou usa o cartão, a transação já passou por um rigoroso escrutínio.”
Investimento constante
A colaboração entre as instituições financeiras é outro aspecto fundamental no combate a fraudes. A Resolução Conjunta nº 6, do Banco Central (BC), é um exemplo disso, cita Gabriel. Além dessa regra, que determina o compartilhamento de informações sobre indícios de fraudes entre as instituições, o regulador vem lançando uma série de medidas para fortalecer a segurança, especialmente no Pix. “Mas acho que ainda há muita coisa para avançar em termos de iniciativas preventivas”, avalia o executivo.
A verdade é que o combate às fraudes financeiras é uma corrida constante contra a criatividade dos criminosos. “A única certeza que temos é que amanhã haverá uma nova modalidade de fraude, e precisamos estar preparados para preveni-la”, enfatiza Gabriel. Com investimento contínuo em tecnologia e uma abordagem estratégica baseada em múltiplas camadas de segurança, a QI Tech está mais do que preparada para as ameaças.
Gabriel Scherer, sócio da QI Tech, estará presente no palco do 2º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes, Segurança Cibernética e Bancária da FEBRABAN falando sobre a temática “Tecnologias de prevenção a fraudes transacionais”. O especialista abordará como as soluções inovadoras da QI Tech estão transformando a segurança digital e prevenindo fraudes financeiras. Não perca essa oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e se conectar com profissionais do setor.