O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vai liderar o projeto de expansão da ACCrédito, fintech de crédito criada pela Associação Comercial de São Paulo. Ele chega num momento em que a empresa vem se transformando em um banco digital, com ampliação da oferta de serviços financeiros.
A ACCrédito foi criada no fim de 2020 e hoje opera como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD). Ou seja, pode conceder empréstimos e financiamentos utilizando recursos próprios. Desde janeiro de 2021, a fintech já atendeu mais de 1,2 mil empresas, em operações de capital de giro, financiamento para investimento, desconto de duplicatas e antecipação de recebíveis de cartão, com um ticket médio de R$ 40 mil.
Em nota, a ACCrédito diz estar inserida em um ecossistema composto por mais de 400 associações no Estado de São Paulo, onde se vinculam, aproximadamente, 300 mil empresas associadas. A fintech é comandada pelo economista Milton Luiz de Melo Santos, que foi secretário executivo da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, também presidiu a Nossa Caixa e fez carreira no Banco Central com uma trajetória de 37 anos no órgão.
O anúncio do reforço de Meirelles ocorre pouco mais de um mês depois que a Binance, exchange de criptomoedas, divulgou o ex-ministro da Fazenda como um novo conselheiro. Na época, inclusive, Meirelles enfatizou que seu foco é o setor privado, descartando planos de retornar ao setor público.
Nos últimos dias, o nome de Meirelles vem sendo cogitado para assumir o ministério da Fazenda do futuro governo Lula, a partir de 2023. Reportagem publicada hoje cedo pelo site Metrópoles diz que o ex-ministro conversou por telefone com o presidente eleito, mas o diálogo foi rápido, conforme relatos.
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