Depois de XP e Guide, Easynvest vai oferecer crédito para investidores

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Depois de XP e Guide, Easynvest começa a oferecer crédito

Easynvest decidiu entrar no mercado de crédito. Vai oferecer empréstimos aos investidores para resolver emergências, a partir de R$ 1 mil. A ideia é atrair clientes de corretoras que não oferecem a opção, além, claro, de diversificar as linhas de receita.

O novo serviço, chamado Easycred, usará os investimentos dos clientes como garantia. Isso permite cobrar uma taxa de juros de 1,5% ao mês, patamar próximo ao que é cobrado em crédito consignado. Os investidores terão um crédito pré-aprovado de 75% do valor aplicado em renda fixa e 50% do montante investido em renda variável. Os contratos são limitados a 36 meses.

Crédito: Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Crédito: Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay

O produto começou a ser testado há um mês e meio com uma base de 10 mil clientes. Ao todo, foram originados R$ 430 mil em crédito, sendo quase metade (46%) de contratos de até R$ 2 mil. O público potencial é de 500 mil pessoas, um terço do total de investidores na plataforma. O funding das operações de crédito vem da gestora Captalys, mas a Easynvest também aguarda aprovação do BC para atuar como instituição de crédito.

A entrada da Easynvest no mercado de crédito ocorre no mesmo mês em que a Guide Investimentos fechou um acordo com a fintech Nobli para ofertar crédito aos investidores, também com garantia das aplicações. Em fevereiro, a XP também lançou a modalidade de “resgate express”, que permite antecipar até 60% de resgates de fundos de ações, 80% de multimercados e 90% da renda fixa. Outras plataforma e bancos estudam crédito com garantia de investimentos.

BLU365 vai atuar com crédito podre

A fintech BLU365, plataforma de renegociação online de dívidas, vai começar a atuar no segmento de crédito podre de pequenas e médias empresas, informou a Coluna do Broadcast, do Estadão. É um nicho de mercado pouco explorado por grandes bancos e companhias de recuperação de crédito, que se concentram em carteiras maiores.

Criada em 2014, ainda como Kitado, e residente do Cubo, centro de empreendedorismo do Itaú Unibanco e da Redpoint eventures, a fintech atende empresas como Oi, Vivo e Avon. Soma cerca de 20 milhões na plataforma e faz entre 150 mil a 200 mil negociações por mês. Uma de suas principais concorrentes, a QueroQuitar cresceu mais de 218% desde o início da pandemia e hoje reúne 12 milhões de devedores cadastrados e 20 instituições de crédito parceiras. Um dos principais parceiros da fintech criada por Marc Lahoud é o Bradesco. Outro competidor nesse segmento é a Acordo Certo, com uma base de mais de 11 milhões de usuários e mais de 3 milhões de acordos fechados em sua plataforma.

Por falar em crédito…

Quod fecha parceria com Frank Openbank

Quod, birô de crédito criado pelos cinco maiores bancos do país para concorrer com Serasa Experian e Boa Vista SCPC, firmou uma parceria com a fintech Franq Openbank, plataforma onde profissionais do setor financeiro atuam como personal bankers. A partir de agora, as soluções de análise de crédito da Quod vão fazer parte do portfólio da fintech.

Hoje, a Franq distribui mais de 32 famílias de produtos por meio de seus mais de 600 personal bankers em 8 Estados brasileiros, incluindo conta digital, investimentos, crédito e seguros de bancos tradicionais, fintechs e corretoras.

Bcredi recebe mais de R$ 6 bilhões em pedidos de crédito

Bcredi, fintech curitibana especializada em crédito imobiliário e home equity, recebeu mais de R$ 6 bilhões em pedidos de crédito durante a pandemia. Mais de 95% das solicitações são de micro e pequenos empresários.

Fundada em 2017 por Maria Teresa Fornea Caron, a Tetê, a Bcredi se especializou em originação e gestão de créditos com garantia de imóvel. Um dos diferenciais da plataforma é a solução white-label de crédito, num modelo de credit as a service. Ao todo, são mais de 50 parceiros incluindo bancos, fintechs, securitizadoras/fundos, imobiliárias, entre outros. São parceiras, por exemplo, as fintechs NexoosLendico Finpass.

Alterbank abre captação de R$ 2 milhões via equity-crowdfunding

Alterbank, conta digital para usuários de criptoativos, abriu uma rodada de captação de R$ 2 milhões por meio da plataforma de equity-crowdfunding CapTable, da StartSe. A ideia é que os investidores, juntos, fiquem com 13,3% do capital social da fintech. O valor de cada cota é a partir de 800 e equivale a uma participação de 0,0053% no negócio.

Com a rodada seed, o Alterbank prevê investir em infraestrutura, tecnologia e produto e captação de clientes. O objetivo da fintech é ser o primeiro banco cripto brasileiro. A empresa não é a primeira a apostar nesse segmento. O Zro Bank foi lançado ao público em geral há duas semanas e une transações em real e bitcoin, conforme noticiou a Finsiders. O modelo é inspirado no Revolut. Leia entrevista com o empreendedor aqui.

Download de aplicativo da Órama salta mais de 300%

O mercado de investimentos está realmente fervendo. Em agosto, o número de downloads do aplicativo da Órama Investimentos saltou 305% em relação ao mesmo período de 2019. No acumulado do primeiro semestre, o avanço é de 167% em igual base de comparação. Nos últimos 12 meses, a empresa investiu R$ 3 milhões em melhorias na plataforma.

Desde o começo de setembro, a instituição também passou a disponibilizar um serviço de remessas internacionais de até US$ 3 mil ou equivalentes e cartão pré-pago. Até o começo de 2021 será possível comprar moedas diretamente na plataforma. Ao todo, são mais de 20 tipos de moedas estrangeiras com entrega grátis para compras acima de US$ 500.

Hoje o atendimento é para as cidades de São Paulo, Rio e Belo Horizonte, mas o serviço será levado para Curitiba, Campinas, Florianópolis, Porto Alegre e Recife até o início do ano que vem, diz Roberto Cotrufo, responsável por produtos de câmbio na empresa.

Stone oferecerá PIX nas maquininhas de cartão

Stone vai ofertar o PIX, sistema de pagamentos instantâneos do BC, nas maquininhas de cartão em pontos de venda (POS, em inglês). Ao oferecer o benefício por esse meio de pagamento, a empresa atenderá um mercado do qual já detém mais de 500 mil clientes de diferentes ramos. Nas maquininhas, o QR Code já estava implementado desde junho para recebimento de pagamentos de compras pagas com o auxílio emergencial.

Além disso, fintechs e empresas de gestão financeira poderão usar a infraestrutura da Stone para ofertar o PIX em suas plataformas — a empresa de André Street de uma área de parcerias com serviço de open banking e conta de liquidação desde maio.

Prêmio da ABBC está com inscrições abertas

Associação Brasileira de Bancos (ABBC) está com inscrições abertas até 15 de outubro para a 3ª edição do Prêmio Ideia ABBC. A iniciativa tem como objetivo aproximar as mais de 90 instituições financeiras associadas a empresas inovadoras.

Neste ano, além das fintechs, startups de outros setores poderão participar. Os três cases que mais se destacarem levam um troféu de reconhecimento, além de três sessões individuais de mentoria em negócios, tecnologia ou marketing. O prêmio busca negócios voltados à otimização do trabalho remoto, de inclusão financeira e soluções para micro e pequenos empreendedores. As inscrições são por este link.

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