Fintech é principal tese de investimento de VCs, mostra estudo

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Não é novidade que a vertical de fintechs interessa aos fundos de Venture Capital (VCs). O volume de recursos aportados em startups com soluções financeiras vem crescendo bastante nos últimos anos.

Tanto é que figura como a principal tese de investimento dos VCs com atuação no Brasil. Quase 70 deles elencam fintech como um dos setores de interesse, de acordo com o estudo “VC Radar Brasil 2021“, que acaba de ser publicado pela Emerging Venture Capital Fellows, uma comunidade que reúne mais de 250 analistas e demais non-partners de VC que são os ‘fellows’.

Depois de fintechs, as teses de investimento mais citadas pelos VCs são, na ordem: health (60 gestoras mencionam essa tese), agtech (citada por 55 casas) e inteligência artificial (mencionada por 47 VCs). Interessam também soluções em logística, big data e analytics, SaaS, construtechs, edtechs e varejo (retail).

O estudo identificou 316 VCs com atuação no Brasil — 131 deles com tese validada. A maior parte dos gestores está concentrado nos estágios de investimento seed (151 players) e Série A (102). O número de VCs vai diminuindo conforme os estágios ficam mais avançados. Tanto é que são apenas 12 VCs que operam com cheques de Série D e só 7 fazem aportes Série E+.

“Essa concentração de liquidez no early-stage, implica indiretamente em um aumento na competição pelos deals, o que eventualmente acaba empurrando os valuations para cima nesses estágios”, diz um trecho do estudo.

Das gestoras que atuam no Brasil, a maior parte (83%) é nacional e 17% têm origem internacional, segundo o levantamento. Na distribuição geográfica, São Paulo é o Estado que concentra o maior número de fundos: são 175, seguido por Rio de Janeiro (29) e Santa Catarina (15).