CRIMES FINANCEIROS

PF investiga grupo criminoso que teria movimentado R$ 6 bi desde 2019

Cerca de 200 policiais federais dão cumprimento a 16 mandados de prisão preventiva e a 41 de busca e apreensão

PF investiga grupo criminoso que teria movimentado R$ 6 bi desde 2019
Imagem: divulgação

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (26/11), operação para desarticular organização voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A notícia está no site da Polícia Federal. Segundo a PF, a investigação concentra-se em fintechs usadas na prática criminosa. Mas nenhum nome foi divulgado oficialmente até agora. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, uma das fintechs teria sido apontada pelo delator do PCC Antônio Gritzbach que morreu assassinado no começo de novembro.

As acusações incluem organização criminosa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), evasão de divisas e outros crimes. O esquema, portanto, contaria com participação de dezenas de pessoas, envolvendo estrangeiros e brasileiros nas mais variadas funções e atividades. Entre eles estariam policiais militares e civis, gerentes de bancos e contadores.

R$ 800 milhões só em 2024

Os investigados teriam movimentado R$ 6 bilhões nos últimos 5 anos, sendo R$ 800 milhões apenas em 2024. Cerca de 200 policiais federais dão cumprimento a 16 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal. Dois dos mandatos de prisões preventivas são no exterior; São Paulo tem 6 e mais 31 de busca e apreensão. O restante está distribuído em outras 11 cidades brasileiras. A Justiça Federal determinou bloqueio de bens e valores em cifra superior R$ 10 bilhões, em mais de 200 pessoas jurídicas.

A PF informou que a investigação teve início em 2022 e revelou um complexo sistema bancário paralelo e ilegal. O esquema movimentava bilhões dentro do país e nos Estados Unidos, Canadá, Panamá, Argentina, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Peru, Holanda, Inglaterra, Itália, Turquia, Dubai e especialmente Hong Kong e China. A maior parte dos recursos de origem ilícita iam para este último pa

O objetivo era atender a um fluxo constante de dinheiro para a China, mas atendia a qualquer pessoa que quisesse ocultar capitais, lavar dinheiro ou enviar ou receber dinheiro do exterior, havendo indícios de envolvimento de grupos criminosos voltados ao tráfico de drogas, de armas, contrabando, descaminho e outros crimes.