As FTK brasileiras devem atrair R$ 450 milhões em 2016. A projeção é do FintechLab. Ainda é pouco, mas o potencial de crescimento acelerado é gigantesco.
“Estimamos que o investimento em fintechs em 2015 foi de aproximadamente R$ 200 milhões. Em 2016, puxados por Moip e Nubank, devemos chegar a R$ 450 milhões”, diz o Report FintechLab, divulgado recentemente.
Ainda não se compara aos US$ 15 bilhões, segundo a The Economist, que foram investidos em fintechs no mundo em 2015, mas nada mal para um ecossistema empreendedor em amadurecimento.
As indicações são positivas. O FintechLab estima que o faturamento das FTKs brasileiras já equivale ao resultado operacional do 16º banco, que foi de R$ 173 milhões, conforme ranking divulgado pelo Banco Central
No mundo, o movimento fintech já vem se consolidando há mais de cinco anos. Inglaterra e Estados Unidos lideram as iniciativas existentes no setor. Gigantes já se tornaram parte do dia a dia, como o Lending Club que em 2015 movimentou mais de US$ 8,4 bilhões, atuando em vários países com empréstimos P2P.
O LendIt, maior evento de empréstimos P2P do mundo, já conta com edições com mais de 2.500 pessoas. Governos, investidores, empresas e universidades fomentam o mercado dando estrutura, recursos e velocidade para o setor.
No Brasil, o movimento é mais recente e vem ganhando maior foco e estrutura nos últimos dois anos. O brasileiro sempre contou com um sistema conservador e concentrado de serviços financeiros. Aliado a isso, há a dificuldade das grandes organizações mexerem em seu legado e de priorizarem a inovação em detrimento de questões do dia a dia.
Os bancos não querem ficar de fora. Itaú e Bradesco já lançaram iniciativas para apoiar essas startups e se beneficiar dos resultados: o Cubo e o InovaBra. O Santander, por sua vez, tem a InnoVentures, que patrocina Fintech Venture Days com a IE Business School. Leia mais aqui.