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Lá vem o Brasil descendo a ladeira, parte 2: depois da Bolsa das Favelas, nasce a Favela Fundos, de venture capital; iniciativa é da Favela Holding

A oferta de fundos para empreendedores das comunidades está se revelando um bom negócio. Depois de GIlson Rodrigues, do G10 Favelas, anunciar a criação da Bolsa de Valores das Favelas, em novembro, agora é a vez de Celso Athayde, CEO da Favela Holding. O fundador da Central Única das Favelas (CUFA) e atual ganhador do Prêmio de Empreendedor de Impacto Social e inovação 2021 pelo Fórum Econômico Mundial anunciou o lançamento do Favelas Fundos, um fundo de venture capital com R$ 50 milhões.
 

O objetivo da iniciativa é acelerar e potencializar negócios e startups de favelas em três estágios, dos mais variados segmentos como, logística, gastronomia, saúde, marketing e tecnologia entre outros. A seleção dos projetos será realizada pelos CEOs das empresas do Grupo Favela Holding, que conta com mais de 20 empresas voltadas para o desenvolvimento empreendedor de favelas e de seus moradores.
 

O projeto conta com a gestão e investimento de Evanildo Barros Júnior, empreendedor que atua no setor de marketing, tecnologia e negócios sociais – e tem como expertise estruturação de empresas além de ser investidor de fundos.
 

O Favelas Fundos conta com investimento de várias empresas do grupo Favela Holding e seus respectivos sócios, como: Digital Favela, com Gui Pierri; Data Favela, com Renato Meirelles; Favela Filmes, com John Oliveira; Comunidade Door, com Leo Ribeiro; InFavela, com Thales Athayde; Cab Motors, com Antônio Souza, Favela Vai Voando — Marilza Pereira, Alô Social — Evandro Bei entre outras.
 

“Sempre digo que a Favela é potência! As pessoas precisam conhecer o valor, capacidade e resiliência do empreendedor da Favela. Esse é o maior objetivo do fundo, elevar a potência dos empreendedores que todos os dias têm que lidar com adversidades muito distintas do empresário do asfalto”, afirma Athayde.
 

O Favelas Fundos possui R$ 20 milhões já disponíveis para projetos e outros R$ 30 milhões empenhados a serem aportados imediatamente após o aporte dos 20. O fundo busca atrair novos parceiros para aumentar a captação de recursos e ampliar o leque de startups investidas.

Em 2017, Athayde realizou a venda da sua participação na empresa Avante, de negócios financeiros, levantando R$ 2,5 milhões para investir em novos negócios sociais. O lançamento foi dia 8 de fevereiro de 2017, quando muitos em favelas passaram a chamar essa data de “Dia Nacional do Empreendedorismo da Favela”. Após cinco anos e com mais de 20 empresas no seu portfólio, Celso planeja expandir sua metodologia vencedora de empreendedorismo social.  
 

“Hoje fico feliz quando vejo ONGs e projetos assumindo e incorporando a favela no seu nome, fazemos isso há 25 anos e estamos ajudando a transformar o estigma em carisma. Apesar do sucesso das empresas do grupo, a segunda fase desse fundo será a profissionalização desse projeto vencedor e por isso a chegada do Evanildo será fundamental para uma gestão profissional de mercado. Vamos unir a inteligência da favela e a estratégia do asfalto para escalar e ocupar os espaços”, celebra Celso. 

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