O Nubank, um dos maiores bancos digitais do mundo, reverteu o prejuízo contábil de 2022 e atingiu lucro líquido de US$ 1 bilhão em 2023. Essa foi a primeira vez que o Nubank, fundado em 2013, entregou lucro anual para os acionistas. A quantidade de clientes chegou a 94 milhões, considerando os três países onde tem negócios. No Brasil, a base de clientes atingiu 87,8 milhões no final do trimestre.
Em termos ajustados – quando a comparação exclui eventos extraordinários em ambos os períodos – o Nu já estava no azul em 2022: US$ 204 milhões. Por esse critério, o resultado de 2023 foi de US$ 1,2 bilhão.
As receitas globais aumentaram 57% em 12 meses, para US$ 2,4 bilhões no quarto trimestre. Os depósitos cresceram 38%, para US$ 23,7 bilhões, e a receita líquida de juros, 85%, para US$ 1,35 bilhão.
O banco atribui o desempenho às prioridades elencadas para o ano, cujas metas foram atingidas. Uma delas é acelerar o crescimento de crédito no Brasil, com e sem garantia. O volume de empréstimos aumentou de US$ 900 milhões no 4T22 para US$ 2 bilhões no 4T23.
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Outra meta era progredir na alta renda. O volume de compras com o cartão de crédito Ultravioleta foi de US$ 500 milhões no 4T22 para US$ 1,1 bilhão no 4T23, “seguido de aumentos significativos da fidelização à marca, bem como o melhor NPS da indústria entre os clientes brasileiros de alta renda”, segundo o release de resultados.
No Brasil
“Estamos desbloqueando a oportunidade ainda não totalmente explorada da nossa carteira de empréstimos com e sem garantia. Além disso, aumentamos nossa participação no segmento de alta renda no Brasil e fortalecendo nossa presença no México e na Colômbia. Isso prova nossa capacidade de acelerar o ciclo de crescimento para além de nosso mercado principal, e continuar perseguindo mais oportunidades”, diz David Vélez, fundador e CEO do Nubank.
Entre os destaques da operação do Brasil durante 2023, o Nu expandiu seu negócio de empréstimos, com garantia e sem garantia, dobrando as originações em apenas um ano e lançando empréstimos consignados SIAPE e INSS, além do FGTS. “Isso contribuiu significativamente para a carteira de juros e para os resultados gerais no Brasil. Além disso, houve avanços significativos na conquista de participação na carteira e no aumento do volume de compras no segmento de alta renda”, diz a nota.
