Open Finance: Como a iniciação de pagamentos abre oportunidades no setor

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Com o avanço na implementação e adoção do Open Finance, e a rápida popularização do Pix como meio de pagamento entre a população, a expectativa do mercado é que a iniciação de pagamentos ganhe força no país. Para executivos e especialistas, a fase 3 do projeto criado pelo Banco Central (BC) é uma das mais promissoras e promete gerar inúmeras oportunidades, ampliando a competição e melhorando a experiência do consumidor final.

Versão brasileira do chamado Payment Initiation Service Provider (PISP), o iniciador de transação de pagamento (ITP) é uma empresa que, como o próprio nome já diz, pode iniciar uma transação de pagamento — neste primeiro momento, via Pix — a pedido do usuário e com seu prévio consentimento.

Atualmente, há oito companhias (Banco do Brasil, BTG Pactual, Celcoin, Gerencianet, Inter, Itaú Unibanco, Mercado Pago e Parati) aptas a prover esse serviço. Na fila para serem aprovadas, estão outras cerca de 40, diz Felipe Negri, head de Open Finance e gerente de produtos sênior na CIP S.A, que participou de um evento online recente promovido pela companhia.

“Muitos participantes estão na fila. Isso só mostra que a agenda está forte. A expectativa para os próximos meses é que o mercado tenha um boom”, destaca o executivo no webinar Open Finance: Qual o futuro dos meios de pagamentos?. “A Fase 3, que trouxe a iniciação de pagamentos, tem a possibilidade de aproximar todos os consumidores finais, de todas as gerações, com o Open Finance.”

É nisso que também acredita Edson Santos, um dos principais especialistas em pagamentos do país e sócio-fundador da Colink Business Consulting. “Tem um milhão de oportunidades em diversos setores, inclusive no B2B”, afirma. “Para quem está prestando atenção nisso, o iniciador de pagamentos pode fornecer um serviço muito melhor, com celeridade, simplicidade e facilidade.”

Imagine a seguinte cena: ao comprar um produto em um e-commerce e selecionar a opção de pagamento com Pix, você precisará usar o “Copia e Cola” e, assim, copiar a chave fornecida na hora do check-out, abrir o aplicativo do seu banco, concluir a transação e, claro, checar se o pagamento foi processado pela loja. O ITP melhora a experiência dos usuários e reduz a quantidade de etapas para concluir uma transação financeira, diz Gabriel Falk, gerente de produtos sênior da Addi.

“Gosto de brincar que o iniciador de pagamentos é um grande extensor de tomadas. Assim como o extensor facilita a transmissão de energia, o ITP é uma empresa que ajuda na comunicação, mas não vai colocar o dedo no seu dinheiro”, explica o especialista. Em outras palavras, o iniciador de pagamentos não participa da movimentação dos recursos, e o usuário sempre precisa autenticar e confirmar a transação para que ela seja, de fato, concluída.

“No e-commerce, o iniciador melhora muito a experiência. Hoje para fazer qualquer compra no e-commerce, em geral são sete passos. Colocando o ITP nessa história, eu escolho o produto, a forma de pagar via Pix, o iniciador abre o banco para mim, me identifico e, pronto, aprovo o pagamento. Essa diferença de experiência melhora a vida de que compra e de quem vende, porque já está integrado ao seu negócio”, exemplifica Edson.

Com o Open Finance e a chegada do iniciador de pagamentos, por exemplo, será possível centralizar as contas nos chamados gerenciadores financeiros pessoais (PFM, na sigla em inglês) ou empresariais (BFM). “Com isso, a batalha vai ser pela melhor experiência e com menos fricção”, ressalta Felipe. “Quando a gente fala sobre futuro de pagamentos, é sobre ter as informações centralizadas, ou a possibilidade de acessar todo esse histórico de maneira mais rápida, com uma análise muito mais veloz.”

Trata-se de uma evolução no pagar e receber, seguindo um movimento de transformação do setor de pagamentos que começou em 2010, com a abertura do mercado de adquirência. De lá pra cá, a concorrência aumentou e continua crescendo, assim como novas forças foram aparecendo. Uma delas é a regulação, que vem avançando na direção de maior competitividade, inovação e transparência.

Além das mudanças regulatórias e do aumento da concorrência com o avanço de diferentes players, as novas soluções de tecnologia, a evolução do comércio e as novas gerações de consumidores completam as forças que estão ajudando a transformar o mercado brasileiro de pagamentos, cita Edson, autor do livro Payments 4.0, que discute justamente sobre essa transformação. “Dessas novas tecnologias, o Pix é, sem dúvida, uma criação muito diferente porque ele desmaterializa muitos processos, digitaliza e simplifica.”

Plataforma

A CIP desenvolveu uma solução de Open Finance com sua fornecedora e parceira Banfico. A plataforma viabiliza a construção de novos produtos e negócios para os seus clientes, assim como fornece melhorias para as soluções já oferecidas.

Entre os diferenciais estão modularização da solução, agilidade de implementação, plataforma white-label, segurança e compliance, e decisão baseada em dados, com infraestrutura e desenvolvimento otimizados para o seu negócio, trazendo redução de custos.





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