Outro dia, conversando com um amigo de décadas, que hoje é um experiente e brilhante advogado com mais de 60 anos, ouvi ele se queixar arrependido de ter investido a vida toda em ações consideradas “seguras”, como as da Petrobras, para fazer seu pé de meia. Depois de atingir mais de R$ 55 em 2008, fechou hoje a menos de R$ 4,50. “Deveria ter investido em bitcoins”, disse.
Para quem, como ele, está decepcionado com o desempenho das ações da Petrobras e acredita que deveria ter apostado mais no futuro do bitcoin, um consolo: um dos principais desenvolvedores e maiores entusiastas da moeda virtual bitcoin, Mike Hearn, desistiu do projeto. Segundo ele, o bitcoin faliu.
Depois de subir 90% no ano passado, o bitcoin está em queda de quase 10% em 2016, até hoje. O valor do fechamento foi US$ 382, segundo site Investing.com
Programador nascido no Reino Unido há 31 anos, morador da Suíca, Hearn acaba de aceitar um emprego em uma start up. Antes de passar dois anos debruçado sobre os códigos do software do sistema bitcoin, o programador trabalhava no Google.
O que é bitcoin mesmo?
Bitcoin é uma moeda digital descentralizada, também conhecida como cripto moeda ou como moeda P2P (peer to peer, que quer dizer entre usuários diretamente, sem intermediários).
O armazenamento é realizado em uma carteira digital, que vem do termo em inglês wallet. Cada usuário precisa ter pelo menos uma carteira para armazenar seus bitcoins, que podem estar hospedados localmente no computador ou smartphone do utilizador e também na nuvem, em serviços como o Coinbase e o Blockchain.
As transações deste dinheiro utilizam um banco de dados distribuído entre os diversos nós da rede. Quando alguém faz uma transferência de uma carteira para outra, a mesma é assinada por outros “nós mineradores”, confirmando o pagamento.
Qualquer pessoa pode gerar bitcoins utilizando um “programa minerador” instalado em seu computador, porém é necessário um alto poder de processamento para gerar as moedas em um tempo aceitável. Considerando o investimento em hardware e mais o gasto com energia elétrica, o processo de mineração pode se mostrar inviável.
Por isso, a forma mais comum de obter bitcoins é comprando em sites especializados. Há um limite para a emissão dos bitcoins: 21 milhões. Hoje, existem pouco mais de 15 milhões já.
No Brasil, há alguns sites que vendem bitcoins como Mercado Bitcoin e Bitcoin Brasil
Para saber onde usar, pesquise em usebitcoins
Vejam os gráficos, extraídos do site Investing.com