Em meio ao cenário conturbado para startups e empresas de tecnologia, bancos como BTG Pactual e Alfa estão reforçando suas iniciativas para injetar capital (equity e dívida) em empresas nascentes.
BTG vai investir até R$ 1,5 milhão em startups
A novidade mais recente foi anunciada nesta semana pelo banco de André Esteves. A partir de agora, a instituição vai fazer aporte em todas as empresas selecionadas em seu programa de potencialização de startups, o boostLAB. O montante investido vai variar de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão por companhia.
“Ao longo dos últimos anos nos deparamos com muitos projetos incríveis, e agora mais do que apoiar soluções e negócios disruptivos, queremos ser sócios”, afirmou Pedro Compani, head do boostLAB, em nota.
Lançado em 2018, o boostLAB já apoiou 76 startups, das quais cerca de 70% fizeram algum tipo de negócio com o BTG Pactual. De todas que passaram pelo programa, oito receberam investimento do banco. São elas: A de Agro, Ali Crédito, Finpass, Pier Seguros, Liber Capital, Celcoin, iClubs e Digesto (vendida para a JusBrasil em 2021).
Desde o início do programa, em suas 10 edições, foram mais de 3 mil empresas inscritas. Para o próximo batch, serão selecionadas até dez startups, que seguirão no programa pelo período de nove meses.
Alfa Collab lança FIDC
Em mais um movimento para reforçar as estruturas de ‘venture’ do seu hub de inovação Alfa Collab, o Conglomerado Financeiro Alfa lançou o Collab Fundo de Investimento em Direito Creditório (FIDC), com previsão de movimentar R$ 500 milhões este ano.
A tese do FIDC — gerido pelo Banco Alfa de Investimento e administrado pela Limine Trust DTVM — é dar recursos para startups investirem em suas próprias operações ou para aumentar o funding de fintechs que oferecem crédito para clientes finais.
“Por causa da versatilidade de comprar virtualmente qualquer tipo de crédito disponível pelo mercado, como debêntures ou promessas de crédito, o produto recém-lançado oferece mais agilidade e flexibilidade para elas”, afirmou Francisco Perez, diretor de novos negócios, responsável pelo Alfa Collab e pela área de ESG do Alfa, em nota.
Segundo Ricardo Colin, diretor de asset management do Alfa, a ideia é abarcar diferentes perfis de investidores e, futuramente, diversificadas famílias de fundos. “E a nossa pretensão é de que sejam movimentados R$ 500 milhões até 2023. Para isso, a parceria com a Limine DTVM será essencial para o projeto ocorrer de forma efetiva”, disse.
Lançado há pouco mais de dois anos, o Alfa Collab tem no portfólio fintechs como A de Agro (olha ela aí de novo), Celero, Conta Simples, Finpec, Klavi, entre outras. Em 2021, o Alfa investiu na agfintech E-ctare.
*A seção Radar publica uma curadoria de notícias curtas e relevantes sobre aportes, operações de M&A, parcerias, lançamento de soluções, entre outras novidades que interessam ao mercado de fintechs.
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