A Swap, plataforma de banking as a service (BaaS) especializada em segmentos, acaba de contratar Vitor Martins, ex-Nubank. Mulher trans, psicóloga e administradora, ela chega para liderar e estruturar a área de diversidade & inclusão (D&I) da fintech.
Top Voice LinkedIn e premiada como Young Leader 2021 pela Forbes, a profissional atuou por dois anos no Nubank, onde foi uma das responsáveis pelo gerenciamento da maior crise de marca do banco digital por causa de uma fala da cofundadora Cristina Junqueira no programa Roda Viva, em outubro de 2020.
Na Swap, Vitor chega com algumas demandas mapeadas pelo comitê de D&I da fintech. “Meu primeiro desafio na Swap será a implementação da área de diversidade & inclusão e o que eu espero encontrar são pessoas engajadas. Somente assim vamos conseguir lidar com os principais desafios de D&I das fintechs hoje, que é ter um time forte e diverso — responsável pela tomada de decisão da empresa. Do ponto de vista de mercado, o desafio está relacionado à construção de produtos e serviços inclusivos”, diz ela.
Em seus quatro anos de história, a Swap vem desenvolvendo algumas ações no tema de diversidade e inclusão. Um primeiro passo foi desenhar o código de cultura da empresa a partir da escuta de funcionários de diferentes perfis e níveis dentro da companhia, considerando a diversidade da equipe.
A equipe de recrutamento e seleção também desenvolveu uma ação para estimular a indicação de negros e mulheres, com aumento no valor da premiação, por meio do programa em que os colaboradores recebem um prêmio em dinheiro por indicações de profissionais quando a contratação acontece.
“Em sua essência, a Swap está removendo as barreiras do sistema financeiro — e a essência de uma empresa é construída de dentro para fora”, diz Ury Rappaport, cofundador da fintech, em nota. “Portanto, aproximar diferentes personalidades, cores, religiões, gerações, gêneros e sexualidades na construção do nosso negócio é cumprir o que há de mais profundo para nós, além de ser uma maneira muito mais divertida de trabalhar e eficaz de construir o nosso produto para a população brasileira, que é profundamente diversa.”
Longo percurso
Dados do Fintech Mining Report 2021, do Distrito, apontam que as mulheres representam apenas 12% do quadro de funcionários das fintechs. Já no ecossistema de startups como um todo, somente 4,7% das empresas foram fundadas exclusivamente por mulheres e 5,1% por homens e mulheres, conforme estudo de 2021 do Distrito em parceria com a B2Mamy e a Endeavor.
O estudo também deixou nítida a baixíssima diversidade entre as mulheres que lideram startups: 76,5% delas são brancas, e 87,5% se declaram heterossexuais.
Um quadro bastante distinto do país como um todo. Segundo dados do IBGE, as mulheres representam 51,8% da população brasileira. As pessoas negras correspondem a 56,2%; e as mulheres negras, a 27,8%.
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