A criação de soluções financeiras com foco em nichos e públicos específicos é uma tendência sem volta. O movimento está associado ao avanço da digitalização dos serviços financeiros no país e às mudanças regulatórias nos últimos anos, que têm facilitado a chegada de novos entrantes.
Trata-se de um mercado mais concorrido, em que é preciso se diferenciar de alguma forma, e escolher nichos de mercado pode ser justamente a melhor estratégia para crescer e ganhar escala.
O cenário ao qual nos referimos teve início, principalmente, com a criação das chamadas Instituições de Pagamento (IPs) pelo Banco Central (BC) em 2013 e ganhou ainda mais força em 2018, com a regulamentação das fintechs de crédito – Sociedades de Crédito Direto (SCDs) e Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEPs).
Foram novas regulações como essas que ajudaram a impulsionar o crescimento das fintechs no país, além de modelos de negócio como o banking as a service (BaaS) – que, na prática, permite a empresas financeiras ou não oferecerem produtos e serviços bancários utilizando infraestruturas já construídas. Isso significa acelerar o ‘time to market’ de novas soluções, que podem ser lançadas com custo mais baixo e menor complexidade.
Do lado do consumidor, claramente houve um aumento no acesso a serviços financeiros Brasil afora. Ainda que o desafio de inclusão exista no país, com 34 milhões de brasileiros desbancarizados, o percentual de adultos com acesso a serviços financeiros passou de 85% em 2019 para 96% em 2020, conforme o Relatório de Cidadania Financeira 2021, do Banco Central (BC).
“Na medida em que vai se ampliando o número de pessoas com serviços financeiros, começa a ficar óbvio que ter serviços genéricos não é bom para todo mundo”, aponta Douglas (Doug) Storf, cofundador e CEO da Swap. “As necessidades e experiências são distintas. Como vão tendo mais desses casos de uso, vão surgindo dores mais específicas.”
Um dos principais benefícios dessa “hiperespecialização” é conseguir ter uma oferta de produtos e serviços mais assertiva para os clientes. O fluxo de dados e transações vai permitindo, inclusive, conhecer melhor o hábito de consumo da base e, com isso, é possível oferecer novas soluções para não apenas adicionar linhas de receita, como também aumentar a fidelização e a recorrência dos clientes.
Um dos nichos de mercado, por exemplo, é o de benefícios flexíveis. A modalidade tem sido cada vez mais adotada por empresas de diferentes tamanhos e setores como estratégia para atração e retenção de talentos. O crescimento não é à toa: o mercado de benefícios movimenta anualmente cerca de R$ 150 bilhões e ainda está concentrado em poucas empresas.
No ano passado, a Swap lançou sua vertical denominada Multiflex, com foco em players que buscam desenvolver soluções nesse mercado de benefícios flexíveis. Em uma plataforma inédita, a ‘fábrica de fintechs’ disponibiliza toda a infraestrutura, com aplicativo white-label e funcionalidade de multi-saldos, em um único cartão Mastercard com todos os benefícios.
A nova solução atende a uma demanda de profissionais e RHs de diversas empresas. Isso porque antes os colaboradores ficavam limitados a utilizar o cartão em determinados estabelecimentos comerciais. Sem contar a dificuldade para fazer a gestão de mais de um cartão – VR, VA e outros. Os benefícios flexíveis – uma tendência crescente – mudam justamente essa realidade, dando ao funcionário a liberdade de utilizar o saldo em diversas categorias, de alimentação a cultura, conforme as regras definidas pelo empregador.
Também em 2021, a empresa colocou no ar a vertical de negócios chamada Float, desenhada para que players de crédito possam fidelizar seus usuários embutindo novos produtos e serviços financeiros em seu portfólio.
Um dos principais diferenciais é o ‘real time funding’, que permite a chamada tesouraria flexível. Ainda no ano passado, a Swap lançou a primeira solução white-label de BaaS para plataformas que operam a modalidade ‘buy now, pay later’ (BNPL) no Brasil.
A contratação da plataforma da Swap permite que empresas que já oferecem crédito possam incorporar outros serviços financeiros ao seu portfólio. Na prática, os negócios têm acesso a uma estrutura completa e pronta e, assim, ganham tempo para continuar se dedicando ao seu ‘core business’. Ao mesmo tempo, trata-se de uma oportunidade para adicionar uma nova linha de receita e melhorar o relacionamento com a base de clientes ao longo do tempo.
A fintech não deve parar por aí. Muito pelo contrário. “Estamos perto de lançar outro segmento e planejamos mais lançamentos ao longo deste ano”, conta Marcelo Schucman, head de novos negócios da Swap. “É o que sempre falo: queremos ser ‘espetacularmente’ bons para todos os nichos em que construímos uma vertical”, complementa Doug.
Conheça a solução da Swap