LICENÇA

Tino é autorizada a operar como fintech de crédito

A fintech oferece meio de pagamento a prazo para o B2B e atende hoje mais de 100 indústrias e distribuidores

Luis Eduardo Cascão/Tino
Luis Eduardo Cascão/Tino | Imagem: Divulgação

A Tino, fintech que oferece um meio de pagamento a prazo para o B2B, recebeu autorização do Banco Central (BC) para operar como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD). A aprovação saiu na edição desta quinta-feira (7/11) do Diário Oficial da União (DOU). O plano de ter a própria licença de fintech de crédito foi confirmado pelo CEO, Luis Eduardo Cascão, em entrevista recente ao Finsiders Brasil.

De acordo com a publicação, a SCD da Tino larga com capital social de R$ 3,74 milhões. A controladora direta é a Tino Participações Ltda. e os controladores finais, os fundadores da fintech, Pedro Sônego de Oliveira e Luis Eduardo Cascão Bougleux Couto.

Em nota, Pedro Sônego diz que a licença é fundamental para o Tino agregar cada vez mais valor para os clientes e impulsionar as transações no B2B. “Estamos mirando em sermos o maior parceiro de pagamentos B2B do mundo”, disse o CEO e co-fundador.

Na prática, com a licença de SCD, a empresa poderá realizar as operações de crédito com recursos próprios, por meio de plataforma eletrônica. Hoje o Tino também atua como uma Instituição de Pagamento (IP) não regulada. Isso deve mudar em breve, quando a fintech atingir a volumetria que a obriga a ser uma IP regulada pelo BC. “Ainda não passamos, mas estamos no processo”, disse o CEO, na conversa recente com o portal.

O negócio

Fundada em 2020 ainda como TruePay, a fintech oferece um meio de pagamento B2B. De um lado, ele facilita o crédito para os lojistas; por outro, permite aos distribuidores e indústrias venderem mais. O Tino assume todo o risco de crédito, e os recebíveis (performados ou não) são usados como garantia.

Atualmente, o Tino tem mais de 100 indústrias e distribuidores como clientes em diversos setores como foodservice, têxtil e eletrônicos. O foco maior está em alimentação, por exemplo, mercados e restaurantes. Desde o início do negócio, a fintech captou mais de US$ US$ 40 milhões em duas rodadas em 2022, ainda no boom dos aportes em startups. Entre seus investidores estão fundos de venture capital como Addition, Kaszek e Monashees.

Do arquivo Finsiders Brasil:

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