A fintech latinoamericana Belvo, plataforma de dados e pagamentos de Open Finance, espera dobrar o número de contas conectadas por meio do Open Finance no Brasil até o fim de 2023. No ano passado, a empresa diz que possibilitou a conexão de 2,5 milhões de contas bancárias no país. Assim, a projeção é que esse número ultrapasse mais de 5 milhões ainda este ano.
Além do Brasil, a Belvo também possui soluções de dados e pagamentos com Open Finance no México e na Colômbia. No total, a empresa afirma ter conectado dados de mais de 10 milhões de contas. “Nossa missão é construir o ecossistema financeiro mais inclusivo, e ajudar as empresas a alcançar o potencial máximo do Open Finance. As possibilidades são inimagináveis”, diz Albert Morales, diretor-geral da fintech no Brasil, em nota antecipada ao Finsiders.
Segundo ele, a Belvo hoje está presente em todos os lados do Open Finance, de dados a pagamentos. “Usamos nossa própria tecnologia para extrair, enriquecer e iniciar pagamentos, e seguimos os padrões de segurança mais rígidos”, afirma o executivo. Ele se refere, aliás, à certificação ISO 27001, norma internacional de segurança da informação. “Como resultado, testemunhamos um crescimento exponencial na demanda”, destaca Albert.
Um dos segmentos nos quais a Belvo tem crescido é o de contabilidade. No último ano, por exemplo, o número de clientes nessa área cresceu 6x. A expectativa é “atingir uma parcela ainda maior” do mercado ainda em 2023, diz a fintech. Empresas como Conta Azul, Nibo e Contabilizei já habilitaram o acesso a dados PJ em sua operação por meio das soluções da Belvo.
Score de crédito e pagamentos
Em outra frente, a Belvo anunciou em junho um acordo com a empresa de score e softwares analíticos FICO para desenvolver um scoring de crédito baseado em dados de Open Finance. A solução deverá estar no mercado em janeiro de 2024. Já em pagamentos, a fintech passou a atuar como iniciador de transação de pagamento (ITP) e comprou, ainda, a empresa de pagamento Skilopay.
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Fundada em 2019 pelos espanhóis Pablo Viguera e Uri Tintore, a Belvo chegou ao Brasil em 2020, como revelou reportagem do Finsiders à época. Atualmente, tem um portfólio com mais de 150 clientes nos três países (Brasil, México e Colômbia) onde opera, incluindo nomes como Mercado Livre, Rappi, Tribanco, Conta Azul, Will Bank, entre outros. A plataforma da fintech possui conexão com mais de 60 instituições.
Competição
Com o interesse crescente de empresas em diferentes setores em aproveitar os dados compartilhados por meio do Open Finance, a Belvo não é a única a ter soluções nesse mercado. Companhias como Klavi, Finansystech (da Celcoin), Lina Open X e Pluggy também avançam no setor.
Essa última, por exemplo, está adicionando o chamado “conector” ao ambiente regulado pelo Banco Central (BC), conforme revelou o cofundador, Bruno Loiola, em primeira mão ao Finsiders.
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