Artigo | O futuro dos meios de pagamento é interplanetário

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Por Pablo de Mello Leonardo*, exclusivo para o FInsiders

Muita gente diz que a vida offline era mais fácil. Será que isso é verdade, mesmo?

Vamos tomar como exemplo o mercado de cartões. Antes do digital, esse era um universo bem mais simples, pois havia poucas empresas e poucas soluções de pagamentos. Por outro lado, as opções disponíveis para o público eram muito mais limitadas.

Hoje em dia, existem inúmeros players e soluções, e novidades surgem a todo momento. No entanto, por mais complexo que esse ecossistema possa ser, ter mais meios de pagamentos significa maior comodidade e conveniência tanto para quem compra quanto para quem vende.

Prova disso é que o mercado de cartões e soluções digitais de pagamentos está em franco crescimento. Segundo um relatório da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), a indústria de cartões cresceu 33,1% em 2021, com R$ 2,65 trilhões movimentados em 31,1 bilhões de transações feitas ao longo do ano — o equivalente a 85 milhões de pagamentos por dia, ou quase 60 mil pagamentos por minuto. Já os pagamentos digitais devem crescer 21% em 2022, movimentando R$ 3,2 trilhões.

Isso é sinal da transformação digital que é realidade no Brasil e no mundo. As pessoas e as empresas estão mais conectadas, e com isso, elas buscam oportunidades que não existiam antes da digitalidade.

Do lado do consumidor, as pessoas querem mais agilidade para resolver seus problemas, com o máximo de segurança. Já os empreendedores querem menos burocracia, pagar taxas menores, ter o dinheiro mais rápido na mão e usar esses meios digitais de pagamentos para ampliar o alcance dos seus negócios.

Mas como oferecer isso às pessoas? Uma parte da resposta está na inteligência artificial (AI, na sigla em inglês). No entanto, é preciso ir além do AI como mero gerador de insights para os tomadores de decisão.

Empresas AI-first podem aumentar sua eficiência de maneira exponencial, gerando modelos e padrões que permitem, entre outras coisas, fazer o onboarding de clientes, detectar fraudes e realizar vendas, diminuindo a dependência do “fator humano” e dos colaboradores para pensar em outros produtos que facilitem a vida do lojista e seu consumidor.

Além disso, o blockchain é um elemento essencial para aumentar a segurança, eficiência e a transparência nas transações e se tornar a base das soluções de pagamentos, agora e no futuro. Nesse sentido, podemos estar falando das criptomoedas, baseadas no blockchain e que já são uma realidade, e também da descentralização dos processos, um conceito fundamental para diminuir a burocracia e o custo nas transações digitais.

Não resta dúvida de que o futuro dos meios de pagamentos passa por aliar o pensamento AI-first com as possibilidades do blockchain. Na Cloudwalk, por exemplo, a inteligência artificial leva o máximo de eficiência em todas as áreas, enquanto o blockchain é a espinha dorsal das nossas operações. Para se ter uma ideia, somos pioneiros no Brasil a fazer cashback com a nossa própria stablecoin, cujo lastro é o Real.