O banco digital BS2, especializado em empresas, acaba de anunciar a criação de uma nova unidade de negócios de pagamentos e parcerias. De acordo com a instituição, a área terá duas verticais: adquirência, por meio da credenciadora do grupo Adiq, e banking as a service (BaaS), o chamado ‘BS2 as a service’.
O movimento representa uma mudança de estratégia ou, melhor, um retorno da Adiq à estrutura do banco. Há cerca de três anos, as operações da credenciadora foram separadas do BS2. Aliás, até a semana passada, quando o Finsiders Brasil entrevistou o então CEO da adquirente, José Mario Ribeiro Jr, esse era o quadro por lá. E agora tudo mudou.
Em nota à imprensa, o BS2 informa que passa a oferecer soluções integradas para aceitação de cartões de crédito, cartões de débito, recebimentos via Pix, boletos e demais serviços oferecidos pelo banco. “O cliente terá acesso a um portfólio completo de serviços e produtos, ganhando agilidade e consumindo aquilo que faça mais sentido para o seu negócio”, afirmou Marcos Magalhães, CEO do BS2.
Fundada há quase dez anos, a Adiq soma atualmente mais de 100 clientes e milhares de estabelecimentos comerciais conectados. Em 2023, processou R$ 85 bilhões em transações, contra R$ 91 bilhões no ano anterior. O lucro líquido foi de R$ 68,6 milhões, queda de 8% na mesma base de comparação. Já o negócio de BaaS processou no último ano mais de 700 mihões de transações de pagamentos.
À frente da nova unidade de negócios estará Renata Greco, que até então estava no conselho de administração da Adiq. Ex-vice-presidente da Cielo, a executiva passou também por empress como Visa e Credicard, entre outras companhias. “Contamos com todo o time para seguir com nossa missão de crescimento e parceria com nossos clientes”, disse ela, em nota.
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José Mario, por sua vez, agora terá um assento no conselho do BS2, depois de mais de quatro anos e meio como CEO da Adiq. Além disso, Daniel Flores será o novo head da vertical de adquirência. A vertical de BaaS segue com a liderança de Breno Guelman.
Um banco que “pivota”
A história do BS2, principalmente a mais recente, é feita de mudanças de direção. Ou melhor, “pivotagens” no jargão das startups e fintechs. Depois de trocar de nome de Bonsucesso para BS2 em 2017, a instituição tentou ganhar espaço como banco digital para pessoas físicas e empresas, mas enfrentou players mais fortes nessa arena. Assim, decidiu dar foco para o mundo PJ, em setembro de 2021.
De lá pra cá, os resultados da “pivotagem” têm aparecido. Em 2023, a instituição da família Pentagna Guimarães apurou lucro líquido de R$ 85 milhões, uma alta de 61% em relação ao ano anterior. Foi o segundo ano consecutivo em que a última linha do balanço ficou no azul desde que o banco decidiu que sua estratégia seria 100% com foco no público PJ.
Há cerca de um ano, o BS2 também lançou a unidade de BaaS como parte da diversificação de receitas. E, ainda, estreou no atendimento ao agronegócio com o lançamento de uma plataforma comercial no Centro-Oeste, com sede em Goiânia (GO) e gerentes em todos os Estados da região.
