TECNOLOGIA

Pix por aproximação será revolucionário, diz diretor do BC

Segundo Otávio Damaso, diretor de Regulação do Banco Central, o Pix é a "base" para uma série de inovações das instituições financeiras

Otávio Damaso (último à direita), diretor de Regulação do Banco Central, no Mercado Livre Experience 2024
Otávio Damaso (último à direita), diretor de Regulação do Banco Central, no Mercado Livre Experience 2024 | Imagem: Danylo Martins

O diretor de Regulação do Banco Central (BC), Otávio Ribeiro Damaso, vê o Pix por aproximação como algo “revolucionário”. A modalidade será lançada de forma ampla em fevereiro de 2025 e faz parte da agenda evolutiva do sistema de pagamentos instantâneos em conjunto com o Open Finance.

“Hoje, quando você vai num comércio, basta aproximar o cartão para fazer pagamentos rápidos e totalmente seguros. A partir de fevereiro de 2025, as instituições financeiras e de pagamento vão ter que oferecer o Pix por aproximação, que será revolucionário”, afirmou o diretor do BC, durante painel no Mercado Livre Experience 2024, nesta quarta-feira (25/9).

Além do Pix por aproximação no varejo físico, a jornada sem redirecionamento (JSR) no Open Finance vai permitir, por exemplo, que as pessoas possam pagar por compras em e-commerces sem precisar abrir o aplicativo da instituição financeira. “E tudo isso será feito por meio de um processo fluído, totalmente seguro e conveniente para o cliente”, disse Otávio.

Inovações

Na visão do porta-voz do BC, o Pix é a “base” para uma série de inovações que as instituições financeiras vêm desenvolvendo. “Ele é a infraestrutura para muitos casos de inovação que vêm das próprias instituições, que identificam as necessidades dos seus clientes”, observou Otávio. São diversos os exemplos de produtos e serviços que bancos e fintechs vêm construindo desde o lançamento do Pix. Inclusive, muitos deles antecipam modalidades que o regulador ainda não colocou no ar oficialmente, como Pix crédito ou Pix internacional.

Além disso, as instituições também vêm disponibilizando cada vez mais produtos e serviços para os clientes que compartilham dados por meio do Open Finance. “É a consolidação da vida financeira num só app, ou ainda um crédito mais barato porque a instituição consegue ver a vida financeira do cliente de maneira sistêmica”, exemplificou. “Apostamos que isso [Open Finance] é transformador no sistema financeiro. Daqui a alguns anos, então, vamos olhar para trás e se perguntar como existia um sistema financeiro sem o Open Finance.”

No futuro, prevê Otávio, haverá uma customização maior dos produtos e serviços financeiros. Isso será possível combinando os dados de Open Finance com a inteligência artificial (IA). “As instituições financeiras vão saber, por exeplo, o momento exato de dar crédito para determinado clientes.”