Aarin, B3, Flash, Liquido e Zoop são autorizadas a operar como instituição de pagamento

Quase todas receberam aval do Banco Central para atuar como emissor de moeda eletrônica, ou seja, podendo gerir contas de pagamento pré-pagas

Dez anos depois da entrada em vigor da Lei 12.865, o número de instituições de pagamento (IPs) autorizadas a funcionar no Brasil não para de crescer. De acordo com dados do Banco Central (BC), atualmente são mais de 110 players nessa lista, que ganhou novos nomes nas últimas semanas, conforme despachos publicados no Diário Oficial da União. 

Nesta terça-feira (31), por exemplo, a fintech de infraestrutura para serviços financeiros Zoop recebeu o sinal verde do regulador para sua IP. A autorização é para operar na modalidade emissor de moeda eletrônica, ou seja, aquela que permite gerir contas de pagamento pré-pagas. O capital social é de R$ 89,3 milhões e o controlador é o grupo sul-africano Naspers.


Ainda ontem, o BC autorizou a Liquido, de infraestrutura em pagamentos para e-commerces e marketplaces, a funcionar como IP, também na modalidade emissor de moeda eletrônica. Controlada pela dupla de fundadores Mengke Li e Shanxiang Qi, a instituição larga com capital social de R$ 2 milhões. A fintech, aliás, lançou oficialmente sua solução no mercado brasileiro há cerca de seis meses, conforme o Finsiders reportou na ocasião.

Novos players

Na última quarta-feira (25), a B3 recebeu aval do regulador para operar como IP na modalidade iniciador de transação de pagamento (ITP). Criada no âmbito do Open Finance do Pix, a licença permite, como o próprio nome diz,  iniciar uma transação com consentimento e autorização prévios do usuário final. A IP da bolsa brasileira começa com capital social de R$ 1,2 milhão. 

Recentemente, o BC também aprovou a criação das instituições de pagamento da techfin Aarin e da startup de benefícios flexíveis Flash. A primeira, uma empresa do Bradesco, obteve autorização para uma IP emissora de moeda eletrônica, com capital social de R$ 32 milhões. A segunda, por sua vez, vai operar como emissor de moeda eletrônica e de instrumento de pagamento pós-pago (por exemplo, cartão de crédito). O capital social é de R$ 672,8 milhões. 

Em evento no fim de setembro, Carolina Pancotto Bohrer, chefe do departamento de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, informou que existem mais de 90 pleitos de IP em fila de espera. A maior parte deles busca atuar como emissor de moeda eletrônica. 

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