A Adyen, plataforma de tecnologia de pagamentos para grandes empresas, está apta a atuar como Iniciador de Transação de Pagamento (ITP) via Pix no âmbito do Open Finance. Isso significa que a fintech concluiu todas as etapas de certificação e homologação para operar com a modalidade, de acordo com comunicado da estrutura de governança do sistema, divulgado nesta terça-feira (20/5).
A iniciação de pagamento ajuda a destravar uma série de experiências fora do ambiente bancário. Por exemplo, uma compra em e-commerce se torna mais simples e rápida com esse recurso, dispensando o Pix ‘copia e cola’. O depósito de dinheiro em aplicativos de bancos e fintechs é outro caso de uso. Há instituições financeiras que também permitem aos clientes fazer investimentos, usando o saldo em outras contas.
Com a aprovação, a Adyen passa a figurar numa relação que atualmente tem 54 ITPs aptos a operar nessa modalidade. Recentemente, as fintechs Lend e Neon receberam essa autorização. A lista reúne desde os maiores bancos do País até cooperativas e empresas de tecnologia, passando por grandes bancos digitais e fintechs [veja todos ao final do texto].
Crescimento
Conforme dados do Banco Central (BC), o serviço de ITP por meio do Pix bateu um volume financeiro recorde em 2024 – foram R$ 3,2 bilhões, mais de cinco vezes superior ao montante apurado no ano anterior. Neste ano, de janeiro a abril, a modalidade já soma R$ 2,3 bilhões em transações. Ou seja, mais de 70% do que foi transacionado no ano anterior.
A relação de players autorizados como ITP vem aumentando nos últimos meses e a tendência é que siga crescendo com o amadurecimento da Jornada Sem Redirecionamento (JSR), que estreou no fim de fevereiro. Esse recurso possibilitou a criação do Pix por Aproximação e por Biometria.
Novas funcionalidades
Como o Finsiders Brasil mostrou no mês passado, a Adyen vê o Pix ganhar força em sua plataforma. Não à toa, aposta em novas funcionalidades como o Pix Automático e o próprio Pix via Open Finance. “Dependendo do recorte que você faz na nossa plataforma, o Pix é maior e mais representativo que qualquer outro método de pagamento”, afirmou Rodrygo Moço, executivo responsável por Produtos da Adyen na América Latina, na ocasião.
Fundada na Holanda em 2006, a Adyen desembarcou no Brasil em 2011. No ano passado, em todo o seu negócio, transacionou mais de 1,2 trilhão de euros em pagamentos de grandes empresas pelo mundo. Por aqui, a fintech atende clientes como Uber, 99, Magazine Luiza, iFood, Grupo Globo e C&A.
Veja a lista de instituições aptas a operar a iniciação via Pix no Open Finance:
- Accesstage
- Adyen
- B3
- Banco Bmg
- Banco do Brasil
- Banco Genial
- Banco Inter
- Banco Mercantil
- Banco Ribeirão Preto
- Banco Santander
- Banco Semear
- Banco XP
- Banrisul
- Beeteller
- Belvo
- Bradesco
- Banco de Brasília (BRB)
- BTG
- BV
- Caixa
- Celcoin
- Central Ailos
- Cielo
- Crystal BMC
- Cumbuca
- dLocal
- Dock
- Ebanx
- Efí Bank
- Finnet
- Google Pay (exclusivamente via jornada sem redirecionamento)
- Hub Pagamentos
- Iniciador
- Itaú Unibanco
- Lend
- Lina
- Mercado Pago
- Muevy
- Neon
- Nubank
- Omie
- Ótimo SCD
- PagSeguro (PagBank)
- Parati
- Pluggy
- PicPay
- Quanto Network
- Rendimento
- Safra
- Sicoob
- Sicredi
- Stark Bank
- U4C
- Unicred