A Nstech, empresa de software para supply chain, acaba de entrar para o grupo das empresas autorizadas pelo Banco Central (BC) a operar como Instituição de Pagamento (IP) na modalidade emissor de moeda eletrônica. A informação foi divulgada pela companhia nesta sexta-feira (5/12).
Na prática, a Nstech estruturou sua operação conectando etapas do transporte pela TNS (Transportation Network System), sua rede logística integrada. A licença do BC adiciona a camada financeira a esse fluxo e coloca motoristas e transportadores dentro desse ambiente digital, conforme nota divulgada pela empresa.
Com isso, a autorização permite acelerar serviços que já estão em uso, como pagamento de frete via Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot), vale pedágio obrigatório (VPO) e soluções de abastecimento. Dados divulgados pela Nstech apontam que, só nos últimos doze meses, a área financeira da empresa movimentou R$ 3,4 bilhões.
De acordo com a companhia, parte desse volume passa pela emissão de Ciot integrada ao TMS (Transportation Management System), hoje com cerca de 260 mil documentos por mês, pelo pagamento de frete via Pix e por uma interface digital usada diretamente pelos motoristas.
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No caso do abastecimento, a plataforma cruza informações de preço e localização para indicar onde o diesel está mais barato. Em relação ao VPO, opera um integrador conectado às principais tags do mercado, o que facilita o fluxo de liberação nas rodovias.
Ampliação
Na avaliação de Bruno Vieira, responsável pela área financeira, a licença reúne anos de ajustes regulatórios dentro da empresa. Por isso, abre espaço para ampliar produtos que se conectam ao transporte.
Para os próximos passos, segundo a companhia, a Nstech planeja lançar uma conta digital integrada ao TMS para transportadores e outra voltada ao motorista dentro do Trizy, aplicativo da empresa. A ideia é que ambos acessem pagamentos e operações do transporte sem depender de múltiplos sistemas.
No conjunto da operação, a empresa reúne mais de 100 soluções, atua em 15 países e mantém cerca de 75 mil clientes conectados. O banco de dados inclui 2,3 milhões de motoristas. A Nstech afirma que busca reduzir etapas do processo logístico e juntar serviços financeiros e operacionais em um único fluxo, sem complicação.
