O Banco Central (BC) autorizou nesta semana o funcionamento de duas novas Sociedades de Crédito Direto (SCDs): Divi e BFC. A aprovação do órgão regulador está em despachos publicados no Diário Oficial da União (DOU). A licença de SCD permite que as fintechs ofereçam crédito com recursos próprios, por meio de plataforma eletrônica.
Com capital social de R$ 1,5 milhão, a SCD do Divibank tem como controladores a Divi Participações Ltda. e os fundadores da fintech, o colombiano Jaime Taboada e a brasileira Rebecca Fischer.
Criada em 2020, a empresa atua com uma plataforma de financiamento de campanhas de mídia, marketing digital e estoque. O modelo é de revenue sharing (compartilhamento de receita). De acordo com informações em seu site, o Divibank soma mais de 100 clientes e parceiros financiados e mais de R$ 100 milhões em originação. Desde o início do negócio, a fintech captou US$ 11,3 milhões, entre rodadas de equity e dívida, segundo o Crunchbase.
A BFC, por sua vez, começa sua SCD com capital social de pouco mais de R$ 3 milhões. Os controladores são Francisco de Assis Canazart, Francisco Enrico Oliveira Canazart e Francisco Luigi Mariano Canazart. Além das operações de crédito, a instituição também poderá prestar serviços de pagamento como emissor de moeda eletrônica. Significa, então, que obteve sinal verde do BC para operar contas de pagamento pré-pagas.
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De Recife, capital pernambucana, a BFC tem mais de 28 anos de história. Oferece soluções como antecipação de recebíveis (cartões e duplicatas) e precatórios, além de capital de giro. Em 2023, a empresa ultrapassou R$ 1 bilhão em originação anual, segundo dados em seu site.
Mercado
Também nesta semana, o BC aprovou o aumento de capital da Capital Consig SCD, que atua com crédito consignado privado e público. Assim, o capital da instituição passou de R$ 6,71 milhões para R$ 14,27 milhões, conforme a publicação no DOU.
Atualmente, o Brasil conta com 126 SCDs, segundo informações disponíveis no site do BC. No final do ano passado, eram 116, mas em dezembro de 2022 a lista não chegava a 100. Apesar do aumento que vem ocorrendo, há casos também de cancelamento de licenças, como mostramos numa reportagem especial recente.
