A Nagro, fintech que oferece crédito para produtores rurais, recebeu autorização do Banco Central (BC) para atuar como uma Socidade de Crédito Direto (SCD). Na prática, a licença permite a concessão de crédito com recursos próprios.
Com capital inicial de R$ 3,3 milhões, os controladores da Nagro SCD são os cofundadores da agfintech, Gustavo Alves e Leonardo Rodovalho, além da Nagro Holding Financeira. A sede da companhia fica em Uberlândia (MG).
Fundada em 2017, a Nagro busca se posicionar como um ‘one stop shop’ de negócios e crédito para fornecedores de insumo e produtores rurais. No ano passado, a fintech recebeu R$ 245 milhões, incluindo equity e dívida. A última rodada, liderada pela Kinea (do Itaú), com participação do fundo Revolution.
Na ocasião, a empresa informou que os recursos vão para a expansão da análise e monitoramento de risco de crédito para empresas, com a plataforma AgRisk, e concessão de crédito por meio de dois Fiagros.
Caminho regulado
A Nagro não é a primeira fintech do agro a se tornar uma instituição regulada junto ao Banco Central. Há pouco mais de um ano, por exemplo, a Agrolend obteve o aval do órgão para operar como financeira, deixando de ser uma SCD.
A figura de SCD é um dos modelos de negócio de fintech de crédito regulamentado pelo BC em 2018, junto com a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Atualmente são mais de 120 SCDs autorizadas e outras 12 SEPs, conforme dados no site do BC.