
Em assembleia geral nesta quinta-feira (5/12), foi criada oficialmente a estrutura definitiva de governança do Open Finance no Brasil. O novo modelo, que entra em vigor em janeiro de 2025, é parte da agenda evolutiva do ecossistema num momento em que o Open Finance soma cerca de 37 milhões de consentimentos únicos e vem ampliando os produtos e serviços.
A estrutura definitiva terá 11 assentos, representados por associações que reúnem desde grandes bancos a Instituições de Pagamento (IPs) independentes, passando por cooperativas. A novidade é a entrada de Zetta e Init, que representam alguns dos maiores bancos digitais do País e Iniciadores de Transação de Pagamento (ITP), respectivamente.
Os novos conselheiros do Open Finance Brasil assumem mandatos pelos próximos dois anos. Assim como a composição anterior, vale destacar a baixa representatividade feminina, conforme já alertamos em reportagem no ano passado. Há apenas uma mulher: Patricia Leal (do Mercado Pago).
Veja quem foram os eleitos – titulares e suplentes:
- Renato Oliva e Fernando Freitas: Febraban (bancos);
- Ricardo Guiombal e Euricion Murari: ABBC e Acrefi (bancos médios e financeiras);
- Márcio Alexandre e Vitor Hugo da Silva: OCB (cooperativas de crédito);
- Gustavo F. Capi e Ricardo Marçom Rosa Moreira: Abecs (cartões);
- Raul Moreira e Gabriel Cohen: Abranet, Abipag e Camara-e.net (Instituições de Pagamento independentes);
- Thiago Daniel e Marcelo Martins: ABCD e ABFintechs (crédito digital e fintechs em geral);
- Jonatas Giovinazzo e Gustavo Lino: Init (Iniciadores de Transação de Pagamento/ITPs);
- Patricia Leal e Eduardo Lopes: Zetta (fintechs e bancos digitais).
No caso do assento da Abranet, Abipag e Camara-e.net, concorreu também uma segunda chapa, representada por Manuel Matos e Leonardo Elias. Mas a eleita foi a chapa 1.
Governança mais “profissional”
A expectativa é que a estrutura definitiva torne a governança do Open Finance mais “profissional”, conforme disse Mardilson Fernandes Queiroz, consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor) no Banco Central (BC) em evento na útima segunda-feira (2/12).
“Entendemos que já alcançamos uma massa crítica no Open Finance suficiente para que a estrutura de governança alcance um nível de profissionalismo à altura, especialmente para fazer frente à evolução da agenda”, afirmou Mardilson.