O Pix Saque e o Pix Troco já têm data para serem implementados: 29 de novembro. Os novos produtos foram definidos pelo Banco Central na última terça-feira (24). As modalidades devem estar disponíveis para todos os clientes de qualquer instituição participante do Pix.
O Pix Saque permitirá que todos os clientes de qualquer participante do Pix realizem um saque em um dos pontos que ofertar o serviço. Estabelecimentos comerciais, redes de caixas eletrônicos (ATMs) compartilhados e os próprios participantes do Pix, por meio de seus ATMs próprios, poderão ofertar o serviço. Para ter acesso aos recursos em espécie, basta que o cliente faça um Pix para o agente de saque, em dinâmica similar a de um Pix normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.
No caso do Pix Troco, a dinâmica é idêntica, com a diferença que o saque de recursos em espécie acontece junto com a realização de uma compra no agente de saque. Nesse caso, o Pix é feito pelo valor total (compra + saque). O extrato do cliente evidenciará o valor correspondente ao saque e o valor correspondente à compra.
“O Pix, o Pix Saque e o Pix Troco também se atêm às estritas normas de segurança. O prestador de serviço deverá avaliar a necessidade de estabelecer limites transacionais aos agentes de saque, de acordo com dados como perfil, localização, horários e outros critérios de segurança, além de prestar informações sobre os agentes de saque ao BC para monitoramento e divulgação das informações relacionadas ao assunto, entre outras providências. Também haverá limites por saque para os usuários sacadores”, informou o BC.
Segundo pesquisa do DataFolha com homens e mulheres, de 18 a 70 anos, pertencentes a todas as classes econômicas, em 1.520 entrevistas realizadas entre os dias 25 de maio e 10 de junho, em todas as regiões do Brasil, quase 70% vai usar o PIX em farmácias, supermercados, padarias e serviços médicos. O estudo foi publicado hoje pela Zetta, associação de empresas de tecnologia que atuam com serviços financeiros digitais.
O levantamento mostrou que o cadastro de chaves (que permitem pagamentos usando a plataforma) é maior entre os mais jovens (18 a 24 anos de idade) — com 70% já registrados. Entre os idosos (60 a 79 anos), o índice cai para 24%. “A aderência do Pix atualmente está com o público mais acostumado com a utilização de serviços financeiros digitais, evidenciando a importância da educação financeira e a familiaridade com a tecnologia no Brasil”, explica Bruno Magrani, presidente da Zetta.
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