A Visa Conecta, empresa lançada há cerca de dois meses para atuar em Open Finance no Brasil, recebeu o sinal verde do Banco Central (BC) para operar como uma Instituição de Pagamento (IP). Com capital social de R$ 5 milhões, a instituição tem como controladora a Visa Inc., com sede em Delaware, nos Estados Unidos. A informação está no Diário Oficial da União desta sexta-feira (15/8).
De acordo com a publicação, a IP da Visa Conecta poderá atuar nas modalidades emissor de moeda eletrônica e Iniciador de Transação de Pagamento (ITP). A licença de emissor de moeda eletrônica permite, na prática, gerenciar contas de pagamento pré-pagas. O ITP, por sua vez, é uma figura criada dentro do Open Finance que possibilita, como o próprio nome diz, iniciar transações fora do ambiente bancário. Isso vale, por exemplo, para compras em e-commerces, depósitos em aplicativos de bancos e fintechs (cash-in), entre outros casos de uso.
Lançada em junho deste ano, a Visa Conecta nasceu para atuar no ecossistema de Open Finance. O foco inicial está na oferta de pagamentos via Pix integrados à jornada do usuário, sem redirecionamento para aplicativos bancários. Isso é possível por meio da chamada Jornada Sem Redirecionamento (JSR), implementada neste ano. “Imagina um aplicativo de streaming ou de utilities oferecendo pagamento com Pix Automático, sem sair da tela. É isso que queremos viabilizar”, explicou Leonardo Enrique Silva, diretor da Visa Conecta, na ocasião.
Contexto
A solução tecnológica da Visa Conecta foi construída com base na plataforma da Tink, empresa sueca de Open Banking que a Visa comprou em 2020. De acordo com o executivo, a Visa Conecta aposta em três diferenciais principais: a tecnologia da Tink, a credibilidade da marca Visa e a capacidade de integrar com múltiplos setores.
Por exigência regulatória brasileira, a Visa Conecta não pode operar sob o mesmo CNPJ da Visa do Brasil — que é instituidor de arranjo de pagamento no País. Por isso, a nova empresa foi criada diretamente sob a holding global, a Visa Inc.