O FitBank acaba de desligar 40 pessoas do time, após contratar 34 no começo do ano. O CEO da infratech, Otavio Farah, diz que é um ajuste natural às necessidades atuais. “Estamos revendo a cultura interna e a estrutura do FitBank, sem previsão de lay offs“, afirmou em nota à Fintechs Brasil. Lay off, em inglês, significa afastamento temporário, mas nos últimos tempos vem sendo sinônimo de demissões em massa em startups. Segundo ele, o Fitbank “vive um momento de grande expansão, com alguns de nossos produtos crescendo 90% ao mês, e seguimos nosso ritmo de contratações para nossos planos de negócio”.
O executivo afirma que começaram 2022 com 250 colaboradores e um ano depois, tinham 630. O saldo de posições é levemente negativa, mas segundo Farah, ainda há vagas abertas.
O objetivo das demissões foi “fortalecer atividades que nos trazem mais tração e manter nosso ritmo de crescimento. A revitalização da carteira de clientes também vai nessa direção.” O CEO garante também que apesar do momento de incerteza global na economia, suas contas estão equilibradas.
Os esclarecimentos foram prestados após Fintechs Brasil receber uma denúncia anônima – provavelmente, de um dos desligados que não quis se identificar – que além de apontar as demissões acusava o FitBank de não pagar a parte variável dos salários. “Adotamos a remuneração variável motivacional e os melhores desempenhos são sempre premiados no primeiro semestre de cada ano”, explica Farah.
Na Cora, cortes
Na semana passada (3/4) a Cora, fintech para pequenas e médias empresas (PMEs), decidiu demitir 59 pessoas, mais de 10% dos funcionários. As razões alegadas são parecidas com as do FitBank. O anúncio foi comunicado à imprensa, e também publicado no perfil da empresa no LinkedIn.
“O cenário de mercado continua difícil e ainda há muita incerteza em relação a uma reversão… Enfrentar essa realidade exige que a Cora seja ainda mais focada. Isso passa pela redefinição de prioridades, escopos e times, escolhas estratégicas, para nos concentrarmos nas iniciativas que entregam mais valor a nossos clientes e à Cora. Projetos com maior grau de incerteza, ou cuja contribuição real para a Cora só deve se materializar num prazo muito longo, vão ser despriorizados. Essas medidas estão em linha com o nosso objetivo de continuar crescendo e conseguirmos ser lucrativos no ano que vem”, escreveu no Linkedin Igor Senra, co-fundador e CEO da Cora.