O Impact Bank – primeira fintech brasileira orientada por critérios ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês) acaba de sair do papel.
Idealizado por ativistas, o banco digital lançado em 1/10 quer engajar pessoas, empresas e ONGs em um movimento “para adicionar valor social e ambiental na circulação do dinheiro e financiar transformações para um futuro mais justo e regenerativo”.
A plataforma oferece serviços de conta de pagamento digital para pessoas e empresas, que incluem cartão pré-pago Mastercard, maquininha de cartão e gateway de pagamento online, além dos serviços básicos de transferências, pagamento de contas e boletos.
Em nota, a fintech informou que em breve, serão incorporados o PIX e outros produtos com viés de impacto social e ambiental, como aplicações de investimentos com critérios ESG, microsseguros e câmbio.
O Impact Bank oferece três pacotes mensais de tarifas, para “viabilizar o propósito da fintech de ser um movimento protagonista na mudança de comportamento e no impacto positivo na sociedade e meio ambiente”. Assim, quem pode pagar paga por quem não pode.
Quanto mais contas ativas e mais maquininhas em estabelecimentos, maior a capacidade da fintech de oferecer oportunidades de inclusão financeira, já que as tarifas cobradas também patrocinam contas sociais, livres de custo e burocracias, e que são ofertadas para pessoas que não têm acesso ao sistema bancário, através de arranjos inclusivos em comunidades tradicionais e originárias do Brasil.
Doações
O Impact Bank retorna R$0,10 de cada transação com tarifa e até 0,1% de todo valor transacionado nas maquininhas para o Fundo de Transformação, um fundo filantrópico com governança própria. Na conta digital é possível acompanhar os valores doados pela movimentação do usuário, bem como de toda a comunidade, e conhecer as iniciativas de impacto alavancadas.
O foco inicial do fundo é alavancar projetos de ONGs, cooperativas e associações selecionadas, que contribuam efetivamente para a erradicação da pobreza, aumento do emprego digno, crescimento econômico e redução das desigualdades, tópicos que fazem parte dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas).
As estratégias de impacto são articuladas com ONGs parceiras, como o Instituto A Gente Transforma, liderado pelo designer Marcelo Rosenbaum, Sistema B, Instituto Semear, Idesam, Fundação Iochpe e Cidades Sem Fome, entre outras.
“Somos éticos e transparentes. Não enxergamos as pessoas como produtos e não investimos o dinheiro movimentado nas contas até que possamos oferecer oportunidades de investimento que respeitem os mais altos critérios ambientais, sociais e de governança”, diz Gabriel Ribenboim, CEO e cofundador do Impact Bank.
O Impact Bank nasceu da parceria entre a Welight Tecnologia Social – uma organização híbrida certificada como Empresa B que conecta empresas, fundos de filantropia e doadores com organizações de impacto – e a Digital Banks, que desenvolve tecnologia para meios de pagamentos.
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