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A Conta Zap abriu recentemente uma rodada de captação e prevê levantar cerca de R$ 40 milhões em uma série A, que deve ser finalizada nas primeiras semanas de agosto. É o que revela Roberto Marinho Filho, CEO da fintech, à Finsiders. Até hoje bancada com recursos próprios, a startup entrou em operação no fim do ano passado e quer melhorar a experiência das classes C, D e E com serviços e produtos financeiros.
O que faz
O diferencial é a conta digital ser operada exclusivamente por aplicativos de mensagens. Hoje, a solução roda no WhatsApp e no Facebook Messenger, mas o plano é expandir em breve para outras redes sociais, como Instagram e TikTok. As primeiras parcerias foram firmadas com as torcidas organizadas do Corinthians, a Gaviões da Fiel e a Camisa 12.
Expansão
Com abertura de 15 mil contas por dia, a Conta Zap soma atualmente 600 mil usuários ativos, pessoas que fizeram algum tipo de transação nos últimos 90 dias. A meta é ambiciosa: chegar a 25 milhões de usuários em 2021.
“Nosso maior desafio é educar as pessoas a optar pelo digital em vez de dinheiro físico.”
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Desde o fim de maio, a fintech opera no Paraguai, por meio de uma sociedade com o grupo paraguaio Zuccolillo, dono do Banco Atlas e controlador de outras empresas no país. Segundo Marinho, o acordo permitirá a expansão do negócio para outros países do Cone Sul, entre eles, Argentina, Bolívia e Peru.
Parcerias
Com foco na população de baixa renda desbancarizada, à margem do sistema financeiro tradicional, a Conta Zap quer ir além das operações básicas de uma conta de pagamentos. Tem feito parcerias para incluir na plataforma empréstimos, seguros e investimentos.
Por meio de um acordo com a gestora Mauá Capital, os clientes da fintech podem contratar um home equity (crédito com garantia de imóvel). A startup está prestes a lançar também um plano de saúde, em parceria com a corretora de seguros Ô Insurance Group. Outras negociações estão em andamento, diz Marinho.
Como começou
Experiente no mercado de BPO, o empresário pernambucano fundou em 1999 a TCI, primeira companhia brasileira no setor. Há cerca de quatro anos, Marinho decidiu deixar o dia a dia do negócio para ser apenas acionista. Viajou para a Índia, onde teve muitas conversas com Pramod Bhasin, fundador da Genpact, a quem Marinho chama de “guru”.
Além de ter criado a empresa referência em gestão de processos, o indiano comprou a operação da GE Capital na Índia e é um dos fundadores do fundo Asha Impact. Desses papos e da observação de modelos na Índia, China e África, nasceu a ideia da Conta Zap.
