Dinheiro não é problema, é solução. Esse antigo ditado popular pode ter seu fundo de verdade. Mas, muitas vezes, “o buraco é mais embaixo”. Ou seja: dinheiro ajuda, mas não adianta nada sem uma boa gestão.
A opinião é de Pedro Albite, um empreendedor gaúcho de 29 anos, sócio fundador da O2. Segundo ele, que começou sua carreira no mercado financeiro com 18 anos, os bancos não têm o que os empreendedores precisam. A O2, que nasceu como uma butique de consultoria financeira estratégica em 2017, está se transformando cada vez mais em uma plataforma tecnológica que funciona como um CFO as a service . Ou seja, um diretor financeiro terceirizado para pequenas e médias empresas. O projeto piloto, baseado em inteligência artificial (IA) será lançado em abril. Para o ano que vem, está nos planos do CEO o lançamento do O2 Bank, “para oferecer tudo em um só lugar.”
“Hoje, temos um marketplace de produtos e serviços financeiros em parceria com 50 bancos e seguradoras”, diz Pedro. Segundo ele, porém, o acesso é restrito, ou seja, é uma vitrine de opcões que o CFO as a service da O2 oferece aos clientes de acordo com as oportunidades. “Não está à disposição da livre escolha do cliente, ainda”, explica.
Clientes nos EUA
A O2 acaba de fechar contrato com seus primeiros dois clientes nos Estados Unidos, que serão atendidos a partir da nova filial da fintech em Orlando, na Flórida. A conquista dos clientes veio através dos três novos sócios, André Fontana, Alcides Ferreira Filho e Flávio Nicolay Guimarães . Eles assumiram o comando das atividades e prospectam clientes em outras regiões dos Estados Unidos.
“Essa expansão chancela o que há anos estamos fazendo aqui no Brasil e é de grande valia para o empreendedor brasileiro. Estou muito feliz e tenho certeza que a chegada dos novos sócios irá acelerar e qualificar o projeto de expansão. Ter profissionais de ponta e com vasta experiência é essencial para impulsionar o negócio, o ecossistema de inovação e garantir qualidade na entrega para os nossos clientes”, afirma Pedro.
Além de atuar como CFO as a service, a O2 também continua como consultoria financeira personalizada. Pedro diz que em ambos os casos o objetivo da fintech é potencializar os ganhos financeiros e a liquidez das operações de seus clientes.
O CEO revela que ainda não precisou captar recursos: “O negócio se paga”, diz, acrescentando que investiu recentemente R$ 1 milhão em tecnologia para desenvolver sua metodologia própria, batizada de “Oxigênio Empresarial”.
“Plugamos o sistema no ERP da empresa cliente e geramos três relatórios financeiros: DRE, fluxo de caixa e ciclo financeiro”, explica. “Designamos um CFO experiente para guiar os desafios financeiros, desde a gestão operacional até as discussões estratégicas do negócio do cliente”.
Segundo Pedro, a fintech foi responsável por articular mais de R$ 1,5 bilhão em operações financeiras, “auxiliando mais de 150 clientes na expansão sustentável de seus negócios, com foco nos principais indicadores econômico-financeiros de cada empresa”.