Com sede no cantão de Zug, na Suíça – conhecido como Crypto Valley -, a Dynasty Global Investments AG planeja fazer a primeira oferta pública da sua moeda digital D¥N em uma ‘exchange’ global de criptos em julho. Depois do lançamento, a moeda será negociável por investidores em qualquer parte do mundo. A expectativa de captação da Dynasty é de CHf 300 milhões (francos suíços), sendo que CHf 60 equivalem a 1 D¥N – pela cotação atual, um franco suíço vale US$ 1,07.
Os sócios da Dynasty Global são brasileiros residentes na Suíça, e acabam de abrir um escritório em São Paulo. A D¥N representa imóveis de alto padrão, adquiridos pela Dynasty em grandes cidades do mundo – o que confere à criptomoeda uma relação com ativos reais, o que maioria das outras não tem.
Para um dos fundadores e CEO da Dynasty, Eduardo Carvalho, o que está acontecendo é uma evolução natural, antecipada desde a criação da empresa na Suíça: “Temos grandes players agindo, como o Goldman Sachs abrindo uma mesa de trading de criptomoedas, a PayPal anunciando que vai aceitar criptomoedas nas compras, o Citibank afirmando que o Bitcoin, que é uma criptomoeda, pode ser moeda preferencial nos negócios globais e o Morgan Stanley oferecendo três fundos de Bitcoin a seus clientes.”
“As ações são concretas, estão ocorrendo em sequência e deixaram de ser apenas expectativas. Nos Estados Unidos já existem caixas eletrônicos que trabalham com criptomoedas e aqui no Brasil, a Comissão de Valores Imobiliários já autorizou uma gestora a administrar carteiras de valores mobiliários em criptomoedas”, completa Fabio Asdurian, co-fundador e co-CEO da Dynasty.
Quando a Dynasty abriu seu escritório brasileiro, em dezembro de 2020, fez a integralização do capital em criptomoeda. A operação, conduzida pela PK Advogados, transferiu da Suíça para o Brasil 3,36 mil D¥Ns, ou cerca de R$ 1,1 milhão. A integralização é a entrega formal dos valores prometidos pelos sócios no momento em que a empresa foi constituída.
Coinbase
A chegada à Nasdaq com forte valorização das ações da maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, a Coinbase, é uma das maiores demonstrações do potencial do mercado de criptomoedas no mundo, diz Asdurian, que considera a valoração um marco na evolução do mercado cripto.
Segundo Asdurian, os impactos gerados pela estréia da Coinbase confirmam esse potencial, entre eles um novo recorde no valor da mais conhecida das criptomoedas, o Bitcoin, que superou a marca dos US$ 64 mil, e a alta acentuada do token BNB (binance coin), da exchange Binance, atingindo um valor de mercado de US$ 86 bilhões.
“A partir do momento em que uma altcoin supera a capitalização de mercado de grandes instituições financeiras, vemos que os investidores já perceberam o potencial de ganhos frente aos dividendos do mercado tradicional. Hoje vemos grandes bancos se movimentando para assessorar clientes a investirem em criptomoedas,” afirma Asdurian.
Destacando a forte entrada de dinheiro institucional nas criptomoedas, com destaque para a fabricante de veículos elétricos Tesla e outras grandes marcas que vem alterando políticas de investimento e alocando um percentual em criptomoedas para suas reservas, Asdurian vê novas movimentações nessa direção: “A forte alta nas ações da Coinbase vai atrair novos investidores, que não querem estar expostos diretamente a criptomoedas e sim por meio de uma empresa listada na Nasdaq.”
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