Rodrigo Carneiro, cofundador e CEO da plataforma de equity-crowdfunding SMU Investimentos, acaba de ser nomeado como novo presidente da Associação Brasileira de Crowdfunding de Investimento (Crowdinvest). Ele assume no lugar de Adolfo Melito.
A informação foi divulgada com exclusividade à Finsiders, que também antecipou em novembro a nova diretoria de outra associação do setor, a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs).
“Na minha gestão, quero reiterar os valores da Crowdinvest e contribuir para o alargamento da base de investidores no mercado de capitais no Brasil. Usando a minha experiência e respaldo enquanto conector nesse ecossistema, terei como missão atrair e captar investidores para esse mercado em expansão, esse é meu principal objetivo”, afirma Carneiro.
Formado em administração, com MBA pela FGV e extensão internacional pela Universidade de Chicago, Carneiro passou por instituições financeiras como Itaú Unibanco, BankBoston, Fibra, Pine Investimentos e Opus Investimentos.
Lançada em 2015, a Crowdinvest tem como “missão disseminar o novo modelo de investimento no mercado brasileiro, para a geração de novos e sólidos empreendimentos a partir de startups, buscando fazê-lo de maneira comprometida e dentro dos princípios de transparência, agilidade e segurança para o investidor, bem como para as empresas emissoras (empreendedores e startups)”, diz texto publicado em seu site. Hoje, a entidade tem 15 associados.
O mercado de crowdfunding de investimento ganhou impulso nos últimos anos, principalmente após a regulamentação (Instrução CVM 588) entrar em vigor, em 2017. O relatório mais recente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), referente a 2019, aponta que R$ 59 milhões foram captados naquele ano por 6.720 investidores para um total de 60 startups. O volume levantado pelas empresas foi 28% superior em relação a 2018 e o mais alto desde que a 588 entrou em vigor.
Houve, ainda, uma evolução acelerada nos últimos anos no número de plataformas eletrônicas de crowdfunding, principalmente com a criação de negócios de nicho, como crowdfunding imobiliário (Glebba e Inco), ativos alternativos (Balko, Bloxs e Hurst), além das mais tradicionais, em que startups levantam recursos, como CapTable, EqSeed, SMU Investimentos e Kria (antiga Broota). Entre 2018 e 2020, a quantidade de plataformas mais do que dobrou, de 16 para 32, conforme a CVM.