Denise Ramiro
O Nubank atrelou a sua marca à Anitta; além de “conselheira”, a cantora narra o primeiro comercial da marca na TV: uma campanha de branding que estreou no intervalo do Fantástico, da Rede Globo.
O C6 Bank apostou na modelo brasileira mais famosa de todos os tempos, a gaúcha Gisele Bündchen – em dois meses, a campanha arrebanhou mais um milhão de clientes, 10% da base que o banco tinha em agosto. Agora, anuncia sua conta Yellow (para crianças e adolescentes) e na semana que vem, vai ao ar a campanha da sua Conta Global, que permite ao cliente do banco ter uma conta com saldo em dólar ou em euro.
O Neon também está se estruturando para entrar mais forte nas mídias de massa – a fintech que oferece conta digital grátis com cartão de crédito internacional sem anuidade vai para a TV no ano que vem.
O Mercado Bitcoin fechou contrato de patrocínio com o Corinthians até o final de 2022 para estampar sua marca na camisa de um dos times mais populares do país. No começo de outubro, estreiou a campanha “Saia do tradicional com cara de novo”, no intervalo do Jornal Nacional.
A SumUp também entrou no mundo do futebol, tornando-se patrocinadora máster do Santos F. C, e no da gastronomia, como principal patrocinadora do programa MasterChef Brasil.
A Stone adotou o slogan “Menos banco, mais negócio” para provocar os “bancões” sobre o atendimento demorado deles – um dos filmes, que estreou no final de setembro na TV, foi realizado em parceria com o grupo de humor Porta dos Fundos.
O Neon está com uma campanha nas principais capitais do Nordeste, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em São Paulo, entre outras praças, realizadas em mobilários urbanos e no ambiente digital out of home (trem, ônibus, metrô, abrigo de ônibus), focando em expressões populares que passam a ideia de facilidade de uso do aplicativo do banco, como: “Neon é mamão com açúcar de usar”, entre outras frases.
“Estamos interessados em ir pra TV como um meio e não como fim”, diz Filipe Botton, head de Marca e Comunicação do Neon. O Neon tem cinco anos de mercado e 15 milhões de contas abertas, sendo que 85% delas entre pessoas que ganham até R$ 1 mil por mês. “A briga é para ver quem vai conseguir mais gente para a sua base”, diz Botton. “E onde a gente constrói cobertura e frequência de forma mais impactante e rápida no Brasil é na televisão”, afirma.
O C6 já está reforçando a sua presença na televisão. Depois de Gisele Bündchen e da conta bancária Yellow, é hora da Conta Global: “O filme vai mostrar as vantagens do nosso produto e será veiculado em TV aberta, paga, cinema, rádio, aeroportos e OOH”, adiantou Alexandra Pain, head de Marketing do C6 Bank, responsável pelo assunto no C6.
“A mídia tradicional de massa ainda é um canal importante para alcançar mais pessoas e esse é o nosso objetivo, levar a nova economia digital para todos”, diz Ana Antunes, head de Marketing do grupo 2TM — holding do Mercado Bitcoin–, corretora brasileira que realiza serviços de intermediação de compra e venda de criptomoedas por meio de uma plataforma online.
Para Alexandra, do C6, o banco se posiciona desde o início como uma marca de estilo de vida. “Mais do que acelerar os negócios, a mídia tradicional de massa nos ajuda a consolidar a identidade do C6 Bank entre os brasileiros. Nossas peças publicitárias, desde o início, possuem uma estética mais próxima a anúncios de moda do que de serviços financeiros. As fotografias dos nossos anúncios são cliques de fotógrafos com experiência no mercado da moda, como Bob Wolfenson, Ricardo Abrahão e Mariana Maltoni”, explica Alexandra.
A opinião de Ana e Alexandra é compartilhada por seus colegas que trabalham para outras instituições financeiras. “A mídia tradicional ajuda as marcas a se tornarem mais conhecidas. É massiva, atinge todo mundo e nos ajuda na conversão final do cliente”, diz Meliza Pedroso, líder de Marketing e Comunicação da SumUp, fintech de pagamentos.
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