A fintech Ahfin, um spin off da Ahgora Sistemas (empresa de terceirização de gestão de pessoas), está em busca de uma concorrente para comprar e acelerar seu crescimento orgânico. “Queremos chegar a 40 mil conveniados e R$ 35 milhões cedidos até o fim de 2021; para 2024, a meta é R$ 500 milhões”, diz Vinicius Horstmann, gerente financeiro da startup.
O principal negócio da Ahfin é dar crédito para os colaboradores, mas não só – em breve vão entrar em seguros e previdência também. “Nosso foco para o primeiro semestre de 2021 é conquistar empresas de 51 a 500 colaboradores, que procuram soluções para seguro de frota, seguro de vida e previdência privada”.
A maioria dos empréstimos contratados pelos colaboradores das empresas que a Ahfin atende são consignados, com taxas em torno de 1,9% ao mês – mas Horstmann diz que está nos planos da Ahfin oferecer também crédito com garantia em imóvel e em automóveis.
Criada em 2006 em Florianópolis, a Ahgora é uma empresa de cloud computing especializada em controle de pontos e contabilidade para empresas. O CEO da Ahfin, Gustavo Godoy, trabalhava na empresa que investiu no projeto lançado no ano passado. Para ele, o “novo normal” veio para ficar, e as empresas devem oferecer cada vez mais benefícios flexíveis aos profissionais.
Vee: crescimento de 500% em dois anos
Benefícios flexíveis e fusões e aquisições, aliás, são dois temas horizontais às fintechs de RH. A Vee não chega a ser uma concorrente da Ahfin mas atua no mesmo mercado – precisa conquistar o RH das empresas para convencê-las a contratar suas ofertas. E há dois meses, recebeu um aporte da francesa Swile, maior empresa de benefícios corporativos do mercado Europeu, com mais de 400 mil usuários e 13 mil empresas clientes. Raphael Machioni, co-founder e CEO Vee diz que a meta é dobrar de tamanho, para 150 mil usuários, com expansão internacional.
A Vee cresceu mais de dez vezes e atingiu um faturamento superior a R$ 100 milhões no ano passado. Neste ano, até abril, o faturamento já atingiu R$ 57 milhões,Com a recém fusão com a Swile, Machioni espera que até o final de 2022 a fintech cresça 500% e alcance um faturamento de R$ 2 bilhões para o período. Atualmente, tem mais de 70 mil usuários e mais de mil empresas como clientes.
A Vee centraliza fornecedores de benefícios e tem como clientes empresas de perfis variados, desde PMEs até a Bayer e Whirpoll, além de muitas startups. Antes da fusão com a Swile, havia recebido aporte da Last, hedge fund de Miami – e agora, segundo Machioni, eles têm R$ 200 milhões em caixa.