Klavi mira expansão pela América Latina a partir de 2024, diz CEO

A ideia é começar pelo México, o segundo maior mercado da região, disse Bruno Chan, CEO da Klavi, ao Finsiders

A Klavi, plataforma SaaS que oferece soluções de Open Finance, está se preparando para aterrissar em outros países da América Latina. A ideia é começar essa expansão a partir do ano que vem, com foco principal no México, o segundo maior mercado da região, atrás do Brasil.

“O objetivo é levar esse conhecimento de crédito, Open Finance e inclusão social para outros países na América Latina”, afirma Bruno Chan, CEO e cofundador da fintech, ao Finsiders. Segundo ele, enquanto no Brasil em torno de 30% a 35% da população possui acesso a crédito, em outras nações da região essa fatia é menor.

O interesse por desbravar o solo asteca se justifica pelo tamanho da oportunidade. Segundo maior país da América Latina, tem mais de 130 milhões de habitantes e um PIB de aproximadamente US$ 1,4 trilhão em 2022, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). “No México, menos de 15% das pessoas têm acesso a crédito”, exemplifica Bruno.

O plano de desembarcar em outros países começa a ser desenhado num momento de expansão da Klavi, que vem escalando em meio ao avanço do Open Finance no Brasil. Atualmente, a fintech atende clientes como banco BV, Telefônica, Nuclea (ex-CIP), Gorila, Jeitto, Supersim, Simplic, Portocred, Zippi, entre outros.

A plataforma da fintech já processou mais de 450 milhões de transações e realizou mais de 4 milhões de conexões em mais de 30 instituições financeiras, além de birôs, fintechs e startups. Recentemente, a empresa também lançou um score de crédito que utiliza dados exclusivamente do Open Finance.

Em operação desde o início de 2020, a Klavi está capitalizada para dar sequência aos seus planos. Em agosto do ano passado, levantou uma Série A de US$ 15 milhões e, três meses depois, fez uma extensão do aporte, trazendo para o captable o fundo de Corporate Venture Capital (CVC) do banco BV e o RX Ventures, fundo de CVC da Renner.

Competição

Com a evolução do Open Finance no Brasil, players como a Klavi ganham força, mas ela não está sozinha. A Belvo, que tem operações no Brasil, México e na Colômbia, soma mais de 200 clientes e já levantou US$ 56 milhões em rodadas de investimento.

O mercado de soluções e plataformas de Open Finance reúne, entre outros, nomes como Quanto — investida de Itaú e Bradesco –, Pluggy, Akropoli e Celcoin — que recentemente comprou a Finansystech para avançar nessa seara.

*Suzana Liskauskas é a jornalista convidada pelo Finsiders para cobrir o Web Summit Rio.


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