O Nubank já é o segundo “primeiro banco” dos brasileiros, diz estudo do JP Morgan divulgado nessa semana para os clientes, ao qual Fintechs Brasil teve acesso. Foram pesquisados 566 clientes de oito bancos – os cinco maiores tradicionais (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) e três digitais (Nubank, PagBank e Inter). O banco principal de 16% dos brasileiros é o Itaú; o Nubank é o banco principal de 15%.
Abaixo, um breve resumo das principais conclusões do estudo Brazilian Financials: Fintech vs. Bank Proprietary Survey – The Lessons, assinado por Domingos Falavina. Para ver todos os gráficos, clique aqui.
– As fintechs têm Net Promoter Scores (NPS, algo como taxas de recomendação) muito melhores do que as dos incumbentes: mais de 80, contra 40 a 60, respectivamente.
– O Nubank é o banco com o qual 42% da amostra se relacionou nos últimos três meses, seguido pela Caixa (37%) e Itaú (32%).
– Os incumbentes ainda são classificados com mais frequência como o banco principal. O Itaú é o banco principal para 16% dos clientes pesquisados, um pouco à frente do Nubank (15%). No geral, outros bancos tradicionais têm 9% a 14% de participação como banco primário, bem à frente das outras fintechs pesquisadas (de 5% a 3% de participação). No entanto, o fato de mais de 20% da amostra utilizar fintechs como banco primário já é um número elevado.
– Entre os clientes do Nubank, 35% o utiliza como primário, ante 48% no Itaú e 42% no Bradesco.
– Sobreposição: na base de clientes principais do Itaú, 80% têm outro relacionamento. Esse número se compara a 67% no Bradesco, 64% no Banco do Brasil e 49% no Santander.
– O Nubank atrai principalmente a população mais jovem. Mais de 60% dos clientes que usam o banco como serviço principal têm 35 anos ou menos, enquanto para a maioria dos bancos convencionais a faixa etária é acima de 50 anos.
– Mais de 80% dos clientes não querem ter mais de três contas.
– Cerca de 70% da amostra abriu uma nova conta nos últimos 12 meses, mas 20% disseram que não planejam abrir uma nova conta nos próximos 12 meses.
– Os clientes escolhem seu banco principal com base na confiança na instituição e no atendimento gratuito (cerca de 55% das respostas apontaram essas duas questões). “Foi uma surpresa ver que a disponibilidade de crédito e a conveniência da rede de agências não estão bem classificadas, o que pode ser uma bandeira amarela para os players tradicionais”, diz o estudo.
– Transferências eletrônicas gratuitas mensais parecem não ser relevantes para os clientes. Cerca de 70% dos entrevistados disseram ter feito nenhuma (cerca de 15% do total) ou 1 a 5 transferências (55% do total) nos últimos 30 dias.
– Cerca de 1/3 dos respondentes não paga pelo serviço de conta corrente; 36% dos entrevistados não pagaram, ou achavam que não pagavam, mensalidades; vários deles por isenções e outros por usarem um banco digital gratuito. No geral, bancos incumbentes têm de 20% a 30% de clientes dos quais não cobram serviços; entre eles, o Santander lidera, com mais serviços gratuitos (31% do total), enquanto o Itaú e o Bradesco são mais seletivos (20% a 24%, respectivamente).